A pastora da Igreja Batista do Pinheiro, Odja Barros, 28 anos, que realizou um casamento entre mulheres, pela primeira vez dentro da denominação batista, em Maceió, procurou uma delegacia para denunciar ameças, inclusive de morte, nas redes sociais.

A filha de Odja, Alana Barros, relatou, em seu perfil no Twitter, que desde a vinculação da notícia da realização do casamento, a mãe vem sofrendo uma “enxurrada” de comentários de ódio e ameças.

Alana conta que um homem, que afirma ser de Maceió, chegou a enviar para a pastora a foto de uma arma e afirmou que estava monitorando ela e a família. Ainda segundo o relato de Alana, o homem disse que iria dar cinco tiros na cabeça da pastora, por celebrar um casamento homoafetivo.

Em sua postagem, Alana diz que ela e a mãe já foram até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência e que também procuraram a secretaria de Direitos Humanos para formalizar a denúncia.

 

 

Foto: Reprodução / Twitter

 

Odja Barros concedeu a benção a duas mulheres, em uma das primeiras celebrações realizadas no país entre duas pessoas do mesmo sexo, por pastores bastistas.  A cerimônia, que aconteceu o dia 4 de dezembro, em um salão de festas localizado em Maceió, é vista como um marco, pois a denominação da batista é tida como uma das mais tradicionais e conservadoras igrejas evangélicas do Brasil.