Se fosse publicado um dicionário só com os vocábulos usados publicamente por Bolsonaro, os palavrões ocupariam boa parte dos ensinamentos presidenciais.

Esta é a linguagem que ele aprendeu e usa, até por falta de outra. Tudo bem: é a língua aplaudida pelos seus seguidores, ainda que explicite provável falta de educação doméstica ou a vulgaridade aprendida.

Se ele não sabe dizer que algo é ruim, simplesmente assim, então piiiiiiiii!

Algo bom? Piiii!

Na fatídica reunião ministerial de abril do ano passado, tornada pública por ordem do STF, o festival pornográfico ganhou impactou até mesmo entre os que consideram que a língua de beco pode ser levada para dentro de casa.

O propagandista da cloroquina e cultuador da ignorância científica – e não é só ele, não -, que não se mostra à vontade e tranquilo quando é obrigado a ler um texto formal, pode dizer o que quiser quando estiver no privado, defendo. 

Eu sempre evitei falar ou comentar qualquer coisa que fuja do ambiente público de qualquer autoridade ou candidato a, mas não custa imaginar quais são as palavras que ele usa para pedir o leite condensado à mesa de casa.

Certamente, não seriam do universo dos propalados valores da família.

(Piiiiiii!)