O CadaMinuto inicia neste sábado (30) uma série de entrevista com os candidatos à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas para destacar suas propostas e opiniões. Essa primeira entrevista será feita com a chapa compostas pelos candidatos, o advogado Vagner Paes e da advogada Natália Von Sohsten.
A eleição da Ordem para o triênio 2022-2024 ocorre no dia 19 de novembro. Confira a entrevista
Quais são as principais propostas de vocês?
Através de um processo democrático e participativo, vários grupos da Advocacia puderam construir conosco estas propostas para nossa gestão. Elencamos - prioritariamente - ações para o fortalecimento e garantia de Prerrogativas, a Caixa de Assistência da Advocacia, Estrutura e Interiorização da OAB, Modernização, Jovem Advocacia, Escola Superior de Advocacia, pautas das Mulheres Advogadas, Comunicação, Tribunal de Ética e Disciplina e Fiscalização, assim como melhorias para a Advocacia Pública.
Podemos citar como extremamente importantes: o programa OAB de Olho Aberto e o Registro de Violadores de Prerrogativas, a criação do Centro de Apoio Médico e o programa OAB na Comunidade; o OABank Digital, a criação do Posto Avançado na parte alta de Maceió, o Complexo Esportivo, Cultural e Gastronômico, o Museu da Advocacia, a implantação do Núcleo de Inteligência e Oportunidades; o projeto Acolha-me (para a Jovem Advocacia); o Núcleo de Defesa da Mulher Advogada; o Caderno de Ética e Disciplina; entre outras propostas que divulgaremos em nossos canais de comunicação.
No final de 2020 uma norma de paridade de gênero foi implementada pelo conselho da OAB. Desde a Resolução 5/20, 50% das vagas de chapas que concorrem à presidência das seccionais, das subseções e do Conselho Federal da Ordem devem ser formadas por mulheres. Como vocês avaliam essa paridade de gênero?
Foi importante esta garantia formal, mas é preciso respeitar o lugar de fala das mulheres. As nossas propostas foram construídas ouvindo todas advogadas; trouxemos uma Vice e outras mulheres ocupando espaços de destaque, através de escolhas democráticas, não apenas ouvindo 2 ou 3 pessoas que não estão no estado para representá-las de fato.
Em nosso caderno de propostas, garantimos, inclusive, a participação paritária de mulheres em eventos diversos organizados pela OAB e cursos que serão ministrados pela ESA. A sensibilidade e potência feminina serão essenciais para nossa gestão.
A OAB é um órgão importante e essencial para a sociedade. Quais são as bandeiras que vocês pretendem levantar caso sejam eleitos?
Acreditamos que a OAB necessita dialogar mais com a sociedade, reconhecendo os anseios de grupos com os quais interagimos e trabalhando em parceria, na construção de uma melhor ordem social, política e econômica. Dedicamos em nossas propostas o fortalecimento de pautas inclusivas, da conscientização à capacitação da Advocacia e demais interessados. O projeto OAB na Comunidade possibilitará um contato direto - e assistencial - junto às crianças das regiões circunvizinhas da nossa sede; já o Núcleo de Inteligência e Oportunidades fará um canal de comunicação com órgãos públicos e privados, assim classes profissionais diversas, gerando parcerias estratégicas para uma melhor - e interdisciplinar - atuação da Advocacia.
Muitas pessoas enxergam a eleição da OAB como se as chapas fossem inimigas. Isso realmente acontece?
Não existe rivalidade, apenas divergência de motivações, com perspectivas diferentes sobre a Advocacia que queremos.
Sempre afirmamos em nossos discursos que "a OAB não pode ser morada eterna", pois queremos oxigenar a Ordem, permitindo novos participantes no processo de gestão para a Advocacia. Hoje, o núcleo diretor da OAB/AL é composto - predominantemente - por um grupo que está há mais de 3 mandatos consecutivos. Queremos uma OAB diferente, queremos resgatar a credibilidade de outrora da Advocacia em Alagoas.
O presidente nacional da ordem se posiciona fortemente contra Bolsonaro. O que vocês acham?
A Ordem não pode pessoalizar o debate, tem que se insurgir fortemente contra todo e qualquer ato que atente contra a Constituição. Mas, não pode ser partidarizada e nem servir de degrau para vida política.
Por que vocês devem ser eleitos?
Devemos ser eleitos para mudar a realidade da advocacia, devolver o orgulho da profissão, resgatar o prestígio por meio da defesa intransigente das prerrogativas e maior atuação na sociedade. Isso só é possível com renovação, atitude e competência. A Ordem não pode servir a duas ou três pessoas, afinal o sol brilha para todos e todas!









