O comerciante Francisco Sarmento de Oliveira, de 54 anos, conhecido como Chico da Banana, foi preso no município de Campinas, em São Paulo.  Ele estava foragido desde agosto, quando a justiça determinou sua prisão sob acusação de abuso sexual de pelo menos três menores, incluindo uma criança de 11 anos, no município de União dos Palmares, interior de Alagoas.

A prisão ocorreu após uma ação em conjunto da Polícia Civil do estado de Alagoas e da Polícia Civil do município de Campinas, em São Paulo. O serviço de inteligência da polícia descobriu que ele estava morando em São Paulo, e que possivelmente teria viajado de ônibus. 

Apesar do medo de ser preso devido a repercussão, sobretudo com a divulgação de sua imagem, Chico estava tentando recomeçar a vida fugindo das acusações. O acusado deverá ser transferido para o presídio em Alagoas, onde ficará à disposição da justiça.

Entenda o caso

Em agosto deste ano, a Polícia Civil começou a investigar um caso de abuso sexual contra uma criança e três adolescentes em União dos Palmares, Zona da Mata alagoana. O caso veio à tona após uma denúncia feita ao Conselho Tutelar do município de que um casal estaria explorando sexualmente a filha de 12 anos.

Conforme a denúncia, a mãe da adolescente teria recebido R$ 150 de um comerciante para que ele tivesse relações sexuais com a menina. A denúncia também apontava que uma outra jovem e uma criança de 11 anos costumavam acompanhar a adolescente nos encontros, que aconteciam em um motel da cidade. Ainda de acordo com o denunciante, as vítimas recebiam do comerciante cerca de R$ 50.

Segundo informações policiais, três adolescentes confirmaram que foram ao quarto de um motel com o comerciante. As meninas têm 17, 14 e 12 anos, além da criança de 11 anos. Todas contaram que ficaram nuas com o homem no quarto.

 As meninas negam que os pais sabiam do caso e que receberam benefícios, mas confirmaram que o homem deu dinheiro a elas. A polícia apurou que o abusador é uma pessoa próxima da família e ainda investiga a denúncia de exploração por parte dos pais das adolescentes.

O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar e as adolescentes ainda devem ser ouvidas pelo delegado. As vítimas também devem ser submetidas a exame de conjunção carnal.

A adolescente de 17 anos ainda contou ao delegado que engravidou do comerciante, e que ele comprou um medicamento comumente utilizado para estimular o aborto. Ele não queria que a criança nascesse e tentou manipular ela para que abrisse mão da gravidez.

*com BR-104