Participantes denunciam suposta compra de gabarito das provas de concurso da PMAL

11/09/2021 17:29 - Geral
Por Maria Luiza Lúcio* e Maria Maia
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Participantes do último concurso da Polícia Militar de Alagoas (PMAL) denunciaram uma suposta compra do gabarito da prova realizada no dia 15 de agosto. Conforme informações repassadas ao Cada Minuto, o gabarito teria sido clonado e alguns dos aprovados seriam presidiários ou ex-presidiários. Inclusive, um dos aprovados teria sete passagens pela polícia e foi preso novamente nesta sexta-feira (10).

Ainda segundo a denúncia, um grupo do município de União dos Palmares, localizado na Zona da Mata de Alagoas, teria comprado o gabarito e cerca de 150 pessoas teriam sido beneficiadas. A informação está sendo veiculada em grupos de WhatsApp e está deixando os candidatos revoltados, que exigem apuração do caso.

Em contato com a reportagem, um policial militar, que preferiu manter a identidade preservada, informou que o caso procede e que, inclusive, os procedimentos estão sendo apurados pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

O resultado final do concurso foi divulgado ontem pelo Governo de Alagoas. A lista dos aprovados está disponível no site da banca organizadora do certame, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

Em contato com a Supervisão do Batalhão de Polícia de Guarda (BPGD), eles afirmaram que não possuem informações sobre uma suposta fraude envolvendo o gabarito. A Assessoria de Comunicação da PMAL também declarou desconhecer o caso.

Procurada, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) disse que irá entrar em contato com a banca que realizou o concurso e aguarda retorno.

A reportagem também entrou em contato com a Deic, mas não recebeu resposta até o fechamento da matéria.

O processo seletivo para o provimento de cargos na Polícia Militar de Alagoas faz parte do Ciclo de Concursos do Governo do Estado. No total, o certame recebeu mais de 67 mil inscritos, que estão concorrendo a 1060 vagas, sendo 1000 para soldado combatente e 60 para oficial.

O Secretario de Segurança de Pública, Alfredo Gaspar, se pronunciou sobre o caso e informou que determinou que a inteligência pública investigue as notícias de irregularidades no concurso realizado para a polícia militar.

"Determinei a inteligência da segurança pública a investigação das notícias de irregularidades no concurso realizado para PM. Sendo confirmado, o(s) bandido(s) será (o) preso(s) e excluído(s) do certame. A SSP não gás parte da organização do concurso, mas ajudará no esclarecimento", explicou o secretário no twitter.

Em nota, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) declarou que já entrou em contato com a banca responsável pelo concurso da PMAL, para que seja feita a apuração dos fatos.  

Ainda em nota, a Secretária reforçou que caso haja comprovação de que algum candidato fez uso de meio ilícito durante a realização das provas, ou que não cumpre as demais premissas do concurso, este será eliminado do processo.

Confira a nota na íntegra

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) informa que já entrou em contato com o Cebraspe, banca responsável pela organização do concurso da PMAL, para que seja feita a apuração dos fatos. A Seplag reforça que todo o cidadão está apto a fazer a prova, desde que cumpra os requisitos previstos no edital, e que, para além dos exames, há, ainda, outras etapas eliminatórias que integram o certame. Caso haja comprovação de que algum candidato fez uso de meio ilícito durante a realização das provas, ou que não cumpre as demais premissas do concurso, este será eliminado do processo. A Secretaria vem acompanhando de perto todas as tratativas relacionadas ao certame, no intuito de assegurar a sua lisura e, também, de garantir que o melhor quadro de candidatos seja, de fato, selecionado para apoiar o desenvolvimento do estado de Alagoas.

*estagiária sob supervisão da editoria

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