Desde o início da pandemia de covid-19, 500 mil profissionais de saúde se afastaram de seus postos de trabalho em Alagoas, em 2020. A informação é da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. O principal motivo apontado nessas ausências é a saúde mental dos trabalhadores.
Em entrevista ao AL TV, o psicólogo Edberto Lessa explicou que a ansiedade, a depressão e a crise de pânico afetaram ao longo da pandemia. “O Brasil está em primeiro lugar nesse aspecto de ansiedade, são quase 20 milhões de brasileiros afetados”.
“Isso está diretamente relacionado com a própria pandemia. Faz com que a pessoa queira ter uma vida saudável, mas fica difícil nesse momento, de conviver com isso e como voltar a uma vida normal”, afirma.
Em relação às novas flexibilizações e ao retorno à vida presencial, o psicólogo destaca que algumas pessoas estão preferindo continuar no home office. “Eu acho que daqui para frente vai ter uma mudança muito significativa com relação ao trabalho, o trabalho home office e o trabalho presencial”.
“Quando você vai começar a trabalhar fora de casa, você tem que avaliar como você está, mentalmente falando. Você precisa tomar ciência se você está bem,como está lidando com a sua ansiedade, com seus medos, seu estresse do dia a dia, tanto no trabalho, como dentro de casa”, aponta Edberto.
Ainda segundo o profissional, o momento recomendado para procurar ajuda é quando percebe que a ansiedade está em um nível muito alto. “Você pode ter um nível de ansiedade leve, moderado e severo. O severo é quando leva à crise de pânico. Então quando você perceber que está num nível muito elevado, você tem que procurar”.
“Quando estiver em um nível leve, uma coisa é você ter cautela quando voltar ao trabalho, como qualquer atividade. A cautela, as medidas protetivas, que são tão divulgadas. Isso você precisa ter para você se resguardar e conter o teu receio para não aumentar sua ansiedade”, completa o psicólogo.
“A partir do momento que você começa a lidar bem com isso, você volta para o trabalho de uma forma saudável. E procurar ajuda quando necessário”, conclui.