Caíram 0,2% as vendas do comércio varejista em Alagoas no mês de junho. Essa foi a quarta variação negativa no ano: fevereiro (0,8%) e maio (5,6%) registraram alta enquanto janeiro (-3,5%), março (-1,2%) e abril (-2,3%) apresentaram queda. As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a junho de 2020, as vendas no varejo cresceram 10,8% em Alagoas. No acumulado no ano, o setor acumula ganho de 6,1% frente ao mesmo período do ano anterior.
No Brasil, após dois meses consecutivos de crescimento, as vendas do comércio varejista caíram 1,7% na passagem de maio para junho. Foi a maior retração do setor neste ano e a segunda maior para um mês de junho desde o início da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), em 2000. Com o resultado de junho, o varejo se encontra 2,6% acima do patamar pré-pandemia. No primeiro semestre, o setor acumula 6,7% e, nos últimos 12 meses, 5,9%.
“Com o resultado de junho, há uma quebra de dois meses de crescimento. Apesar dessa queda, o varejo ainda se encontra acima do patamar de fevereiro de 2020, ou seja, de antes da pandemia. Mas, na comparação com o patamar recorde da série, que é de outubro de 2020, o setor está 3,9% abaixo”, afirma o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, analisando o cenário nacional.
Cinco das oito atividades investigadas pela pesquisa recuaram na passagem de maio para junho no Brasil. Dentre elas, a queda mais intensa foi do setor de tecidos, vestuário e calçados (-3,6%), que havia registrado aumentos em abril (16,3%) e maio (10,2%). “No comércio varejista como um todo, há algumas atividades caindo com mais força porque elas tiveram uma certa recuperação nos meses de abril e maio, elevando a base de comparação. Esse foi o caso de tecidos, vestuário e calçados, que é uma atividade que ainda não teve recuperação frente ao patamar de fevereiro do ano passado”, diz o pesquisador.
Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%), combustíveis e lubrificantes (-1,2%), e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5) também recuaram na passagem de maio para junho.
Já o setor de livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 5,0% em junho. É o terceiro resultado positivo consecutivo dessa atividade. Mesmo com esses aumentos recentes, o setor não conseguiu recuperar o que perdeu durante o ano: há queda acumulada de 22,8% entre janeiro e junho. “O setor vem perdendo importância e receita por estar sendo afetado pela substituição das lojas físicas pelas digitais, entre outras mudanças tecnológicas”, analisa Cristiano.
Outras atividades que cresceram nessa comparação foram móveis e eletrodomésticos (1,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,4%).
Vendas no comércio varejista ampliado apresentam estabilidade em Alagoas
Em Alagoas, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que integra também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou estabilidade na passagem de maio para junho. Houve, entretanto, crescimento de 17,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
No acumulado no ano, o comércio varejista ampliado cresceu (14,1%) frente ao mesmo período do ano anterior.
*com Assessoria