Rodrigo Cunha afirma que Bolsonaro precisa vetar fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões em dinheiro público para campanha de 2022

20/07/2021 09:36 - Política
Por Assssoria
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O senador Rodrigo Cunha (PSDB) defendeu na manhã desta terça-feira (20) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vete o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para as eleições de 2022, aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada. Cunha foi o único senador de Alagoas que não somente votou como se manifestou contra a aprovação do fundo, que utiliza recursos públicos para pagar campanhas eleitorais.

“O presidente Bolsonaro precisa vetar esta medida. Ontem, ele chegou a anunciar o veto, mas não de forma muito clara. É dinheiro para a saúde, educação, vacinas, obras, que está sendo destinado para a eleição. O presidente pode e tem o dever de evitar esta medida inconcebível”, disse Cunha.

“A aprovação de R$ 5,7 bilhões em dinheiro do contribuinte, em plena pandemia, para pagar campanha política é imoral, vergonhosa e lamentável. Impressiona, inclusive, a rapidez com que o Congresso aprovou este aumento do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Para se ter uma ideia, o fim do foro privilegiado, que blinda políticos, aguarda votação há 4 anos. Já a prisão em segunda instância espera avaliação há 2 anos em uma das comissões do Congresso. Enquanto isso, a decisão de quase triplicar o volume de dinheiro público para pagar campanhas no ano que vem foi aprovada em 1 dia. Um absurdo”, complementou o senador alagoano.

O aumento do fundo eleitoral foi decidido na última quinta-feira (15), quando o Congresso Nacional aprovou o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. No Plenário da Câmara dos Deputados, o texto foi aprovado por 278 votos a 145. Já o placar no Senado Federal foi de 40 a 33.

A quantia para o fundo em 2022, com dinheiro público, representa três vezes o valor de R$ 2 bilhões previsto para as eleições de 2018 e de 2020. O fundo de financiamento de campanha foi criado após a proibição do financiamento privado, em 2015, pelo Supremo Tribunal Federal, sob o argumento de que as grandes doações empresariais desequilibram a disputa eleitoral.

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