Em nota enviada à imprensa, neste sábado (25), a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL) disse que ainda não foi notificada oficialmente sobre os supostos casos de advogados entregando materiais ilícitos no Sistema Prisional de Maceió.
“A OAB Alagoas também informa que aguarda a autorização da Seris para a instalação dos Parlatórios Virtuais. Os equipamentos novos foram adquiridos pela Ordem há mais de dois meses”, continuou a nota.
Segundo eles, a ferramenta possibilitará o distanciamento social necessário devido à pandemia, possibilitando atendimento efetivo e seguro.
“É importante apurar os supostos casos, mas que a solução para evitar tais situações está à disposição faltando apenas a autorização para implantação”, ressaltou o presidente Nivaldo Barbosa Jr.
Dois casos
Nesta sexta-feira, dia 25, uma advogada foi flagrada tentando passar carregadores e chips de celulares camuflados em materiais de higiene a um reeducando preso no presídio Cyridião Durval.
Em nota, a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) informou que a Polícia Penal realizou, nesta sexta-feira (25), mais uma apreensão de material ilícito que seria entregue, por uma advogada, a reeducando do Presídio Masculino Cyridião Durval e Silva, em Maceió.
O flagrante se deu após os policiais penais suspeitarem do conteúdo da embalagem, um sabão em barra. Mediante revista, a equipe se deparou com 10 chips de telefone celular e dois carregadores que estavam camuflados no item de higiene pessoal.
A advogada foi conduzida à Central de Flagrantes, onde prestou esclarecimentos à autoridade de Polícia Civil. A ocorrência também foi comunicada a 16ª Vara Criminal, Promotoria de Execuções Penais e Ordem dos Advogados do Brasil, para que se adotem as providências cabíveis ao caso.
Outrossim, a Seris esclarece que, por meio da Polícia Penal, já reforçou os procedimentos de segurança para coibir práticas dessa natureza, determinando que, a partir de agora, todas as pessoas alheias ao sistema prisional alagoano terão de passar pelo bodyscan (scanner corporal), equipamento já utilizado durante as visitas realizadas pelos familiares de reeducandos.
Há uma semana, outro advogado foi flagrado pelo sistema de vídeo monitoramento da Casa de Custódia, onde o profissional aparece entregando um pacote de fumo para um preso.
O preso informou que as entregas aconteciam há cerca de seis meses e que o advogado já teria entregado cartões de memória, pen drives, chips e celulares. Segundo o preso o valor de cada pacote de fumo era R$200 e por cada chip de celular o valor pago era entre R$50 e R$100. Já os cartões de memória e pen drives valiam entre R$200 e R$300.
*Estagiária sob supervisão da editoria










