A possível nomeação do senador alagoano Renan Calheiros (MDB) como relator da CPI da Covid, que vai investigar a atuação do governo federal no combate à pandemia, tem dividido opiniões no meio político nacional e estadual.

Após o colega de Casa de Calheiros, Rodrigo Cunha, defender que o senador deveria alegar suspeição e não ter “brigado com unhas e dentes” para ser relator da CPI- por ser pai de Renan Filho, governador de Alagoas, já que comissão também irá investigar os repasses federais para estados e municípios- o deputado federal Isnaldo Bulhões saiu em defesa do companheiro emedebista e criticou, de maneira indireta, as declarações de Cunha.

No twitter, Isnaldo Bulhões afirmou que quem recrimina a indicação de Renan Calheiros para a relatoria apoia Bolsonaro e demostra querer uma “investigação com amarras e parcialidade”.

Na tarde desta sexta-feira (15), seis dos 11 senadores titulares da CPI da Pandemia fecharam posição a favor do acordo pelo qual Renan Calheiros é o relator. Como os seis são maioria, se não houver mudanças no posicionamento de integrantes do grupo, o alagoano está assegurado na relatoria da comissão.

A eleição que definirá Renan como relator, assim como o presidente e outros postos dirigentes, será na primeira sessão da comissão, prevista para acontecer no dia 22 ou dia 27 de abril.