Ainda em meio a indefinição envolvendo a realização de atividades religiosas, liberadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques, no último sábado (3), e questionada por outros decanos, que decidiram levar o caso à Corte, a Arquidiocese de Maceió reconheceu a importância da igreja para os cristãos no atual cenário e disse que, em Maceió, as paróquias continuam a realizar celebrações com as restrições estabelecidas pelo governo do Estado.

Ao CadaMinuto, o arcebispo Metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes, não afirmou ser contra ou a favor da decisão do ministro do STF, mas disse que a igreja é sempre pela vida e é essencial para os cristãos. "A Igreja é sempre pela vida, e não só cuidando para evitar o contágio, mas olhando e desenvolvendo ações para ajudar e cuidar dos mais vulneráveis, em especial nesta pandemia”, disse o arcebispo.

Dom Antônio Muniz ressaltou que, conforme o decreto do Governo do Estado, Alagoas manteve as igrejas funcionando com a capacidade reduzida e seguindo protocolos sanitários rigorosos.

"Estamos em um duro tempo de pandemia e não devemos jamais perder a Esperança. A Igreja é essencial a todo cristão; Graças ao Bom Deus, este ano em nosso Estado todas as paróquias puderam, mesmo com um número reduzido, ter a presença dos fiéis nas celebrações e atividades religiosas", destacou.

Em 2020, as igrejas em Alagoas permaneceram fechadas por quase seis meses, de março até o início de agosto. As celebrações eram realizadas de forma online, com transmissões nas redes sociais.  

Em julho do ano passado, a Arquidiocese de Maceió publicou um decreto de flexibilização com regras para a retomada das atividades nos templos católicos. Na época, a capacidade era inferior a 75%. “Logo vieram a fase laranja e, em seguida, a vermelha no Estado. Então, passamos aos 30% rigorosamente”, disse Dom Antônio Muniz, ressaltando a prevalência do decreto estadual.

Nesta segunda-feira (5), o também ministro do STF Gilmar Mendes derrubou a liminar de Nunes Marques, alegando que a  postura do colega foi “negacionista” diante da situação de pandemia em que o País se encontra. 

Como consequência da decisão de Mendes, o caso será levado ao Plenário do STF pelo presidente, ministro Luiz Fux. O julgamento deve ser realizado na quarta-feira (7).

 

*Sob supervisão da editoria

 

.