Alagoas vem registrando mortes de crianças e adolescentes por Covid-19 após essa segunda onda da doença. No Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) desta terça-feira (23) tem a informação sobre o falecimento de uma adolescente de 12 anos.
Além disso, os casos de infecção tem aumentado no público mais jovem. A garota de 12 anos era de Paulo Jacinto, não tinha comorbidades e morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Segundo o último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), desde o início da pandemia, 4.035 crianças menores de 10 anos foram acometidas pela Covid-19 em Alagoas, dos 148.422 casos confirmados em todo o Estado. Do total, 14 evoluíram para óbito.
De acordo com pediatra do Hospital Geral do Estado (HGE), Ana Carolina Ruela, os cuidados preventivos são bem parecidos com os dos adultos, observando a faixa etária.
Ana Carolina Ruela recomendou que, além de manter o distanciamento social, as crianças devem ser incentivadas a priorizar a lavagem das mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel a 70%, desinfetar superfícies e objetos utilizados com maior frequência, evitar tocar os olhos, boca e o nariz e utilizar máscara.
“É importante observar que para o uso da máscara em crianças, existem várias recomendações diferentes. Pessoalmente, acho por bem utilizar, a partir dos quatro anos, pois menos que isso ela não entende a funcionalidade. No caso de menores de quatro anos, quem deve utilizar são aqueles que têm acesso à criança e não ela. Uma dica que não pode ser esquecida para quem convive com menores de idade é observar e buscar ajuda médica sempre que notar algum comportamento diferente ou algo que chame a atenção com relação à saúde”, orientou a pediatra.
A médica ressalta que os sintomas nos pequeninos podem passar desapercebidos dos pais, mas, mesmo que a maioria seja assintomática, conforme vem sendo verificado ao longo do último ano, eles podem transmitir a doença e, em alguns casos, desenvolver outras patologias que já se mostraram extremamente graves.
“Em geral, os sintomas básicos do novo coronavírus nas crianças são tosse, febre baixa, diarreia, vômitos, mal estar geral e pouco apetite. Confunde-se muito com uma gama de outras viroses comuns nesta época do ano. Por isso, muitas vezes, pode passar despercebido para muitos pais”, salientou a pediatra do HGE, Ana Carolina Ruela.
Segundo ela, independente da doença, é muito importante que a criança seja avaliada por um médico se houver persistência do quadro ou sinais de piora clínica. “Sintomas como uma febre que perdure por mais de três dias, cansaço, dor ou pressão forte na região do peito ou abdômen devem ser observados com atenção, porque podem ser indicativos de um quadro mais grave e até mesmo da SIM-P [Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica], que, em alguns casos, desenvolve-se após um mês da contaminação pelo novo coronavírus”, ressaltou.
*Com informação da Assessoria.