Após notícias sobre morte de recepcionista por Covid-19, hospital emite nota de repúdio e indignação

26/02/2021 18:47 - Municípios
Por Mara Santos*
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Após sites de notícias locais, e até nacionais, repercutirem a morte por Covid-19 da jovem Priscila Veríssimo, funcionária do Complexo Hospitalar Manoel Andre, o Hospital Chama, em Arapiraca, a unidade emitiu nota de repúdio e indignação.

Noticiais publicadas informam que Priscila era “enfermeira” e que teria se recusado a tomar o imunizante contra a Covid-19, por ser “bolsonarista” e que havia sido demitida “devido à resistência em tomar a vacina”. 

Em nota, o Hospital Chama esclareceu que Priscila trabalhava como recepcionista da unidade hospitalar e que “nunca expôs opinião ou manifestou seu posicionamento político no ambiente de trabalho”. 

Ainda segundo o Chama, Priscila Veríssimo faleceu em decorrência da Covid-19 na condição de funcionária do hospital e que, ao contrário do que foi veiculado pela imprensa, ”nunca houve qualquer ato de demissão”.

Priscila Veríssimo, tinha 34 anos, e faleceu na última quarta-feira (24) em decorrência de complicações da Covid-19, ela estava internada no Hospital Chama, onde trabalhava, e foi afastada das funções de recepcionista, no dia 12 de fevereiro, para tratar a doença.

Também na nota divulgada, o hospital prestou solidariedade à família da funcionária e pediu respeito a imagem da colaboradora.

Leia, na íntegra, a nota do Hospital Chama: 

O CHAMA – COMPLEXO HOSPITALAR MANOEL ANDRÉ, em indignação e repúdio
às informações inverídicas, sobre a saudosa colaboradora Priscila Veríssimo, que estão sendo divulgadas pelos meios de comunicação em geral, presta os seguintes esclarecimentos: Inicialmente, o Hospital CHAMA presta todo seu apoio e solidariedade à família da recepcionista Priscila Veríssimo, que veio a óbito por complicações do Covid-19 no dia 24 de Fevereiro, que além de suportar a perda de sua ente querida, vê sua memória maculada por notícias que não condizem com a verdade e vinculada a posicionamento político utilizada por aproveitadores.
Ao contrário do que tem sido divulgado pelos meios de comunicação, Priscila não era
enfermeira, exercia a função de recepcionista e não houve qualquer ato de demissão, exerceu normalmente suas atividades até o dia 12 de Fevereiro, quando foi afastada com sintomas da doença e posteriormente veio a óbito na condição de funcionária.
Reconhecida por sua simpatia e excelência nas atividades laborativas, Priscila nunca
expôs opinião ou posicionamento político em seu ambiente de trabalho, tampouco, realizou qualquer manifestação sobre a eficácia ou não da vacina contra CORONA vírus.
Assim, prestado os devidos esclarecimentos, requer que seja retirada, imediatamente,
todas as notícias inverídicas dos meios de comunicações e que a imprensa emita nota de esclarecimento com pedido de desculpas pelas notícias que foram transmitidas, contaminadas de informações inverídicas, em verdadeiro desrespeito a falecida, seus familiares e a toda sociedade que merecem receber informações verdadeiras, pautadas na ética, bom senso e que respeitem a dignidade da pessoa humana.
Por fim, o CHAMA reitera o sentimento de solidariedade à família de Priscila Verissimo, ao tempo em que, lamenta profundamente as notícias veiculadas.

 

*Sob supervisão da editoria

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