“Há possibilidade de haver necessidade de lockdown em Alagoas”, alerta infectologista

25/02/2021 06:15 - Saúde
Por Rebecca Moura*
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Após cidades e estados de todo país decretarem medidas restritivas de lockdown para frear o crescimento de casos da Covid-19, o médico Infectologista, Fernando Maia, afirmou que sempre há possibilidade de haver necessidade de lockdown em Alagoas durante a pandemia. Conforme relatou o médico, especialista em doenças infectocontagiosas, o lockdown serve para evitar colapsos no sistema de saúde.

“Sempre há possibilidade de haver necessidade de lockdown, mas isso depende da gravidade dos casos”, disse o médico.

O infectologista pontuou ainda que o que determina a necessidade de medidas mais restritivas é o número de ocupação de leitos de UTI.  “Quando a ocupação de UTI é superior a 70% indica a necessidade de lockdown, porque pode ter colapso do sistema de saúde. Quando você tem excesso de casos e o sistema de saúde não consegue atender causa o colapso”, alerta.

O especialista contou que a nova variante do coronavírus, que já circula em Alagoas, tem uma transmissibilidade maior e consequentemente poderemos ter uma taxa maior de ocupação. “Essa nova variante é mais contagiosa do que a primeira versão do coronavírus que circulou por aqui, então a taxa de ocupação de leitos pode aumentar, mas como é algo que muito dinâmico a gente precisa ficar o tempo observando o número de casos para tomar as medidas o mais rápido possível”, pontuou Fernando Maia.

Questionado sobre a eficácia de usar duas máscaras ao mesmo tempo para reduzir o risco de transmissão da covid-19 , o infectologista afirma que não é o recomendado. “Não se recomenda usar duas máscaras, não há essa necessidade, a máscara de pano que deve ter duas camadas, mas não duas máscaras simultaneamente”.

O especialista em infectologia destacou ainda que profissionais da saúde usam o equipamento de proteção individual (EPI) mais indicado para trabalhadores expostos a ambientes contaminados por aerossóis. “O pessoal da saúde que trabalha na linha de frente usa uma mascara própria chamada N95 que é uma máscara de três camadas especifica para quem trabalha na linha de frente. Não precisa todo mundo usar essa máscara para andar na rua, fazer as atividades do dia a dia, para trabalhar, quem não é da saúde pode usar sua máscara de pano ou a máscara de cirurgia, não há necessidade de usar mais proteção que isso”, complementou.  

Leitos de Covid-19 o Estado

De acordo com as informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), dos 830 leitos criados pela para atender, exclusivamente, pacientes com suspeita e confirmação de infecção pelo novo coronavírus, 461 estavam ocupados até às 17h da terça-feira (23), o que corresponde a 56% do total.

Ainda segundo as informações, atualmente 170 pacientes estão em leitos de UTI, 06 ocupando leitos intermediários e 285 em leitos de enfermaria.

*Com supervisão da editoria. 

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