Candidato à Presidência da Câmara, o deputado federal alagoano, Arthur Lira (PP), afirmou que o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) quer “impor sua vontade” fazendo com que os parlamentares trabalhem em janeiro, ignorando o período que costuma ser de recesso no Congresso, para favorecer “seu projeto pessoal de sucessão” e que o
Em postagem feita no Twitter, neste domingo (20), Lira disse que os deputados têm compromissos agendados e que boa parte dos projetos parados poderia ter sido votada.
“Centenas de deputados têm compromisso em suas bases e já fizeram suas agendas – percorrendo os municípios e já iniciando o diálogo com os novos prefeitos eleitos. Boa parte do que está parado poderia ter sido votada, por entendimento do colégio de líderes. Coisa que não aconteceu”, escreveu Lira.
O deputado alagoano e Rodrigo Maia estão em disputa pela sucessão no comando da Casa. Lira é candidato, e Maia tenta fazer o sucessor, visto que não pode concorrer a reeleição. O candidato de Maia ainda não foi divulgado, mas o deputado afirmou, nesta segunda-feira (21), que o nome deverá ser divulgado até a próxima quarta-feira (23). Os nomes mais cotados são Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP).
O atual presidente da Câmara tem defendido que é necessário o Congresso trabalhar em janeiro para votar propostas que julga urgentes, como a PEC (proposta de emenda à Constituição) Emergencial. O texto permite que o governo corte gastos obrigatórios para as contas não saírem do controle.
Maia tem afirmado que eventual presidência de Lira retiraria a independência da Câmara. Isso porque o deputado do PP se aproximou de Jair Bolsonaro ao longo de 2020 e é o favorito do Planalto.
Já Lira tem dito que Maia centralizou as decisões na Casa e retirou dos demais deputados as possibilidades de ter algum protagonismo. E também tem negado que sua gestão faria da Câmara um “puxadinho” do Planalto.