Eleições 2020: É hora do 'passe' caro

17/11/2020 11:32 - Voney Malta
Por redação
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A diferença irrisória de votos no primeiro turno entre Alfredo Gaspar (MDB) e JHC (PSB) - pouco mais de dois mil votos - colocou em ação um batalhão silencioso na corrida pelo apoio de candidatos que não chegaram ao segundo turno na disputa pela prefeitura de Maceió.

Por conta do discurso e do perfil do eleitorado, alguns nomes estão sendo deixados de lado, casos, por exemplo, de Josan Leite (Patriota), quarto colocado com 22.995 votos, e da estreante Valeria Correia (PSOL) - que obteve 13.120, por serem considerados ideológicos.

Mas os nada ideológicos quase 10 mil votos obtidos pelo ex-prefeito Cícero Almeida (DC) e os fenomenais 91.025 votos conquistados por Davi Davino Filho (PP) estão motivando extrema cobiça por parte das duas chapas que vão se enfrentar no segundo turno.

Especialmente porque o primeiro turno mostrou o eleitor insatisfeito e impactado pela pandemia do Covid-19, o que é comprovado pelo elevado número de votos brancos, nulos e abstenções. Portanto, todo apoio e qualquer voto tende a ser decisivo.

Revelam os bastidores que fazia muito tempo que uma declaração de apoio não tinha tanta importância quanto nesta eleição.  Contam que nas negociações já iniciadas há questões impublicáveis neste espaço por falta de provas.  

Mas naquilo que é publicável, cargos, secretarias, estrutura para candidatura futura, enfim, estão sendo ofertados. Ou seja, como dizem alguns, "hora de mesa, cama e banho para os proximos quatro anos pra quem foi derrotado no primeiro turno, mas que consegui vencer no segundo turno através da oferta do apoio".

EM TEMPO:

1 - Há uma visão no balcão da política que o eleitor que votou em Josan Leite não vota em JHC e muito menos no candidato apoiado por Renan Filho, Alfredo Gaspar. A não ser que a turma conservadora-bolsonarista crie algum movimento para atingir o prefeito Rui Palmeira e os Calheiros. É que o PSB não tem, mas JHC tem proximidade com a família do presidente Bolsonaro.  

2 - Por conta - também - do embate no primeiro turno, a avaliação é que o eleitor de Davi Davino combina mais com o de JHC. Some-se a isso os interesses políticos de companheiros de Davino na Assembleia  e também do deputado federal Arthur Lira (PP) em enfraquecer o poderio dos Calheiros visando as eleições de 2022.

3 - Quanto aos candidatos, outro desafio para o segundo turno será como modernizar e melhorar o estilo e a comunicação de Alfredo Gaspar na propaganda eleitoral, quesito que JHC vence facilmente.  

 

 

 

 

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