Quem é e quem será o candidato de Bolsonaro em Maceió?

05/11/2020 09:58 - Voney Malta
Por redação

É pouco provável que essa curiosidade venha a ser esclarecida nesta quinta-feira (05), dia em que o presidente Jair Bolsonaro desembarca em Piranhas, no Sertão de Alagoas.

Coerente seria se o apoio fosse declarado ao aliado raiz Josan Leite, candidato a prefeito em Maceió.  Josan participou ativamente dos protestos contra o governo Dilma, das manifestações culpando o PT por todos os casos de corrupção,  e também dos eventos de apoio ao então presidenciável Jair Bolsonaro.  

Em 2018 foi candidato a governador em Alagoas pelo mesmo partido de Bolsonaro, o PSL. Obteve 143.208 votos (11,06%). Deixou a sigla acompanhando o presidente, seus filhos e outros bolsonaristas após serem derrotados na tentativa de tomar o controle do partido.

É defensor das pautas políticas do conservadorismo de extrema direta bolsonarista, olavista, damarista, enfim. Mas não tem uma declaração de apoio do presidente ou dos seus filhos. E isso, caso ocorresse, seria, certamente, importante.

Ainda na eleição de 2018, foi em Alagoas que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) obteve o maior percentual de votos válidos entre todos os estados nordestinos: 40,08%, contra 59,9% obtidos por Haddad.

E contrariando a maioria dos eleitores alagoanos, os eleitores de Bolsonaro foram a maioria em Maceió (AL), com 61,63% dos votos válidos, contra 38,37% do petistas Fernando Haddad.

E tem mais: Pesquisa Ibope divulgada pela TV Gazeta no dia 23 de outubro mostra a avaliação da administração do presidente melhor do que a do prefeito de Maceió Rui Palmeira e a do governador Renan Filho no quesito 'Ótima'. Rui - Avaliação: Ótima: 6%; Renan: Ótima: 12%; Jair Bolsonaro: Ótima: 23% (leia aqui).

Portanto, o apoio de Jair Bolsonaro, repito, seria coerente e fundamental, certo?

Mas há quem acredite que ele, ressabiado com os apoios que anunciou no Rio e em São Paulo, e que estão decepcionando terrivelmente, vá aguardar pelo segundo turno.

Se chegar ao segundo turno, Davi Davino (PP) pode receber essa declaração de simpatia. Não apenas por ser candidato dos deputados da Asembleia Legislativa de Alagoas, mas por ter ao seu lado o importante aliado do presidente, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL).

Contudo, caso JHC (PSB) alcance o segundo turno, mesmos sendo de um partido de esquerda, também pode ter o apoio. Ele tem ótimas relações com a família Bolsonaro.  

Quanto ao candidato dos Calheiros,  Alfredo Gaspar (MDB), as relações políticas, em Brasília, do senador Renan e de deputados federais ligados a ele e ao seu filho, o governaodr Renan, são ótimas.

Sendo assim, o presidente Jair Bolsonaro tende a continaur neutro na eleição em Maceió. Pode ser que até grave nas redes sociais a seguinte mensagem:

- Ó, meus amigos de Alagoas, aí de Maceió, meu candidato aí, como é mesmo o nome dele? Josan...Josan; é. Não chegou no segundo turno. Aí eu peço que você vote em quem quiser, tem fulano, cicrano...tá oquei? Tá todo mundo comigo, tá certo?

Mas quanto a Josan Leite, definitivamente, foi deixado pra trás!

Coisas da política profissional.

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