Foi no dia 9 de outubro que o servente de pedreiro, Jonas Seixas da Silva, 32 anos, foi visto pela última vez após ser levado pela Polícia Militar. O Cada Minuto conversou com a mãe de Jonas, Claudineide Seixas, de 49 anos, que disse que a família está abalada com o desaparecimento de Jonas e afirmou não saber mais o que dizer para os filhos dele.

Jonas mora na Grota do Cigano, no bairro do Jacintinho, com a esposa e dois filhos. Uma menina de oito anos e um menino de nove. 

“A esposa dele naquele dia tinha ido trabalhar. Quando ela voltou para casa encontrou a polícia revirando tudo e perguntando pelo Jonas. Ela respondeu que ele estava chegando”, contou a mãe de Jonas.

Quando Jonas chegou estava subindo a grota, encontrou os policiais que disseram ter um mandado de prisão e levaram ele para a viatura. 

“Ele foi empurrado e jogaram spray de pimenta nele. Os moradores pediram que não fizessem aquilo com ele. Inclusive, o meu filho estava pedindo água, dizendo que estava sem ar e com os olhos doendo”, comentou.

A esposa de Jonas acompanhava tudo de perto e disse aos policiais que iria pegar os documentos dele em casa, e que retornaria. Mas ao voltar para o local, a viatura já tinha partido.

“Ela pegou um mototaxi e foi para a Central de Flagrantes, para hospitais, IML e até agora não sabemos notícias dele”, lamentou Claudineide.

Sem notícias desde então, a mãe de Jonas disse que não há mandado de prisão para o filho. “Nosso advogado procurou e não consta nada”. E lamenta que a situação dos netos está deixando ela preocupada.

“O filho dele não come mais e não fala. A filha vive pedindo para que a gente procure o pai dela. Eu não sei mais o que dizer aos filhos”, afirmou.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar e por meio de uma nota foi informada que a Corregedoria-geral da Corporação recebeu dia 13/10 a denúncia feita sobre o caso e já deu início aos trâmites legais quanto à investigação.