Não é somente a rejeição de aliados que pode inviabilizar o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) de compor como candidato a vice-prefeito na chapa do deputado federal JHC (PSB).
Mas o próprio tamanho político de Lessa, o seu histórico, a sua liderança e a sua importância política em Alagoas.
É que, em caso de vitória da dupla, a possibilidade de desentendimento entre Lessa e JHC é real e provável, pelo menos de acordo com a aposta - ou leitura - feita por velhas raposas da política local.
Existem detalhes nesse ofício fundamentais e decisivos pois ajudam a escrever a história, casos do ciúme, da inveja, da soberba.
Lessa, pela sua trajetória, naturalmente será destaque em qualquer governo, ainda mais em um cargo no Executivo, como substituto do titular, no município onde foi excelente gestor, onde escolheu e elegeu quem o substituiu.
Esse leitura sobre suposto risco de desentendimento cresce ainda mais quando é sabido que o acordo de agora também visa 2022.
Isso significa que ele, conhecido como é, será constantemente procurado por lideranças, aliados, amigos e ex-amigos do poder.
Todos com a cabeça no presente e no futuro, ou seja, é meio caminho andado para o combinado não ser cumprido.
Há quem acredite que é mais seguro indicar alguém de extrema confiança para o cargo de vice, enfiar o corpo na campanha e, em caso de vitória, o PDT indicar um 'banda' dos gestores de Maceió.
Se esse raciocínio tiver razão, Lessa de vice não é a melhor alternativa para Lessa.
Mas, e para JHC?