Suplente de vereador é acusado de invadir e derrubar muro de instituição beneficente

10/08/2020 16:16 - Geral
Por Gabriela Flores
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Atualizada às 19h50

Integrantes da Associação Beneficente Clara de Assis, situado no bairro da Santa Amélia, parte alta de Maceió, denunciaram, neste final de semana, a invasão da propriedade e a derrubada do muro que está em fase de construção. Conforme revelado ao portal CadaMinuto, o responsável pelo ato é um suplente de vereador do município de São Luís do Quitunde.

De acordo com as informações repassadas à reportagem, não é a primeira vez que o suplente de vereador Paulo Roberto tenta impedir a instalação da associação beneficente. “Neste sábado, dia, 08, por volta das 08h, ao chegar para reiniciar as obras, o engenheiro responsável encontrou novamente parte do cercamento destruído, com prejuízo maior do que o ocorrido na sexta-feira, dia 07, conforme registrado em Boletim de Ocorrência”.

O entrevistado informou que a Polícia Militar esteve no local e junto com a guarnição do Batalhão de Operações Policiais Especiais, observaram os danos provocados à obra e conversaram com a proprietária de uma residência próxima e com o suplente de vereador, que, segundo relato “estava bastante exaltado e não aceitava a construção do cercamento”.

“O suplente inclusive foi informado de que não há invasão de área pública, uma vez que o município de Maceió promovera a concessão do direito real de uso da área ao Clara de Assis”, destacou o integrante da associação. 

Os membros da associação beneficente lamentam, mais uma vez o ocorrido e reivindicam a apuração dos fatos, além do ressarcimento dos danos materiais ocasionados.

A Associação Beneficente Clara de Assis, foi reconhecida de utilidade pública pela Lei Municipal n. 6.574, de 12 de dezembro de 2016, e pela Lei Estadual nº 7.797, de 4 de fevereiro de 2016.

A concessão do direito real de uso da respectiva área, conforme a Lei Municipal nº 6.955, de 02/12/2019, publicada no Diário Oficial do Município em 03/12/2019, edição 5852, a título gratuito, tem um prazo de 20 anos, escritura registrada em cartório, com destinação específica para o desenvolvimento de ações sociais sob responsabilidade da entidade concessionária, iniciou, no dia 29 de julho deste ano, a construção do cercamento da área concedida, conforme projeto paisagístico e previsão na própria Lei Municipal 6.955/2019. 

A reportagem entrou em contato com o suplente de vereador Paulo Roberto que negou as acusações e disse que a denúncia não procede e se trata de “fake news”.

 

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