Revista revela "O dia em que Bolsonaro decidiu mandar tropas para o Supremo"

05/08/2020 10:48 - Voney Malta
Por redação

A revista Piauí expõe uma história sobre os bastidores de uma formalidade de rotina do STF que levou o presidente Jair Bolsonaro a anunciar, no dia 22 de maio deste ano, que iria intervir e mandar tropas ao Supremo Tribunal Federal.

Isso após ficar sabendo que o ministro Celso de Mello  solicitou o posicionamento da Procuradoria-Geral da República - no caso de uma notícia-crime apresentada por três partidos - sobre mandar ou não apreender o celular do presidente e do seu filho Carlos Bolsonaro.

Desconhecedor da legislação e do funcionamento da burocracia judicial, o presidente ficou transtornado com tal possibilidade. Contam que palavrões e xingamentos, como é seu estilo, foi o que mais saiu de sua garganta.

De acordo com a revista, ele anunciou a decisão de intervir no eu gabinete, na reunião das 9 horas: "Estavam presentes dois generais: o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. O terceiro general a participar do encontro, Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional".

Houve quem concordou e quem discordou. Não só pela questão dos telefones, mas também pelo clima hóstil existente dentro do governo também pela decisão de um outro ministro do mesmo STF, Alexandre de Moraes, "que proibira a posse de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal".

Como sabemos, nada pensado de improviso por Jair Bolsonaro e seus ministro militares foi adiante. O STF permanece cumprindo o seu papel, o presidente está estranhamente quieto em sua função preferida de incentivar o desrespeito às instuições.

Os detalhes da reunião, o papel dos ex-generais da ativa e de minsitros civis do governo, dos comandantes das Forças Armadas, da sociedade e da classe política são contados pela jornalista Monica Gugliano. A reportagem se baseia em "quatro fontes que pediram anonimato para não contrariar o presidente. Duas delas testemunharam a reunião".

Será que o Brasil é uma república de bananas por conta desse episódio, ou quase virou uma?

Leia a reportagem na íntegra aqui.

 

 

 

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