Algumas alianças seladas neste período de pré-campanha em Alagoas vem chamando a atenção do eleitorado sobre a junção de grupos políticos, opositores e até mesmo de partidos com ideologia diferentes em prol em uma única candidatura.
Da capital ao interior, essas negociações estão acirrando ainda mais a dinâmica já dita nas eleições municipais. A cientista política, Luciana Santana, destaca que na busca por aliança, pré-candidatos podem não respeitar o fator ideológico dos partidos.
Ela explica, que as eleições municipais tem um perfil totalmente diferente e particular, não podendo ser comparada com as eleições presidenciais e estaduais, onde se consegue observar uma maior coerência na formação das alianças. “Lógico que isso não significa que em algum momento essa coerência deixe de existir, mas não é tão comum como ocorre na eleição municipal”, colocou Luciana.
A cientista detalha ainda que essa incoerência ideológica nas alianças entre os candidatos pode ser vista de uma maneira bastante problemática, principalmente pela parte mais “fiel” do partido.
“Quando a gente olha para a realidade local, definimos que as eleições municipais são mais personalizadas e é difícil afirmar se essa transferência de eleitorado possa ocorrer ou não”, disse Luciana, acrescentando que é difícil mensurar a transferência de votos de forma automática porque o contexto da eleição atual é outro, e outras variáveis podem influenciar a decisão do eleitor.
“E com isso, eles somente estariam reforçando o seu eleitorado, por isso é difícil mensurar os impactos”.
*Com supervisão da editoria.