Para os gastos nos bairros afetados pelo afundamento do solo em Maceió, a Braskem anunciou que vai separar mais R$ 1,6 bilhão para arcar com as despesas do problema geológico. Por outro lado, a sexta-feira (11) em Maceió, é marcada por protesto de moradores dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto.
Segundo a reportagem divulgada no site Valor Econômico, com a recente ampliação da área considerada de risco pela Defesa Civil de Maceió, a companhia vai provisionar mais R$ 850 milhões para “potenciais medidas de apoio aos moradores das novas áreas” e R$ 750 milhões para o encerramento definitivo da extração de sal-gema na capital alagoana e monitoramento dos 35 poços.
Com o novo provisionamento, sobe a R$ 5 bilhões o total separado pela petroquímica para cobrir as despesas estimadas com o problema geológico em Maceió. No quarto trimestre, a Braskem já havia provisionado R$ 3,4 bilhões para arcar com as despesas de Alagoas, o que resultou em prejuízo trimestral de R$ 2,9 bilhões, o maior de sua história.
No quarto trimestre, a Braskem tinha separado R$ 3,4 bilhões para arcar com as despesas de Alagoas.
“Adicionalmente, em relação à ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal referente aos danos socioambientais, a companhia informa que continua em diálogos com as autoridades e manterá o mercado informado dos desdobramentos relevantes desse processo”, informa no documento da Braskem.
Protesto de moradores
Na manhã desta sexta-feira (10), moradores do bairro de Bebedouro realizaram um protesto com uma caminhada até a sede da Braskem para cobrar mais celeridade no processo de avaliação dos imóveis atingidos e o pagamento das indenizações.
Segundo o grupo de moradores, que se reuniu na Praça Lucena Maranhão vestidos de preto, as respostas da empresa sobre os pedidos de avaliação têm sido agendadas com muito tempo de espera e isso tem provocado prejuízos tanto materiais quanto emocionais.
O protesto foi uma forma encontrada pelos moradores para chamar atenção das autoridades e, principalmente dos órgãos que fecharam o acordo de indenização das famílias atingidas, sobre a necessidade de celeridade. Os moradores alegam ainda que estão saindo das suas casas e entregando o imóvel à empresa sem saber quando irão receber o valor acordado.
A mesma reivindicação é feita pelos moradores do Pinheiro, que também organizaram uma carreata para esta sexta-feira. A carreata está marcada para ocorrer às 16h, com concentração na Praça do Jardim Alagoas.
*com Informações do site Valor Econômico