Pesquisa realizada e concluída esta semana por uma empresa alagoana ouviu 800 eleitores em Maceió e retrata como a população avalia este momento de crise na economia e na saúde com o Covid-19.
Como a pesquisa foi feita para consumo interno, para avaliação de cenário, e não foi registrada na Justiça Eleitoral, os números não podem ser divulgados pelos meios de comunicação.
Contudo, dá pra antecipar que os nomes já de conhecimento da população permancem os mesmos na corrida eleitoral ocupando os primeiros lugares em diversos cenários analisados.
Casos do deputado federal JHC, Alfredo Gaspar de Mendonça, os ex-prefeitos Cícero Almeida, Ronaldo Lessa, além de Davi Davino, Basile Christopoulos, e novidades como Lenilda Luna e o também ex-prefeito da capital Corintho Campelo, entre outros com menor apelo.
Como ainda é muito cedo, não há campanha nem qualquer discussão pública sobre a eleição deste ano, é alto o número de votos brancos e nulos tanto na pesquisa espontânea quanto na estimulada, respectivamente 76% não sabe/não opinou; e branco e nulo 26%.
O que chama atenção na pesquisa neste momento de crise é a avaliação dos governos do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, do governador Renan Filho, e do presidente Jair Bolsonaro.
Os números de Renan e Rui não são muito distantes e talvez carreguem alguma rejeição por estarem no exercídio do segundo mandato e também pelas decisões não agradáveis - mas necessárias - que tomaram e tomam no enfrentamento à pandemia.
Mas há uma grande surpresa, capaz de deixar o sujeito de queixo caído, revoltado e até duvidando, ou em estado de êxtase, dependendo do seu posicionamento político, simpatia, enfim.
61,8% aprovam; 32% desaprovam, quando perguntado se aprova ou desaprova a administração do presidente Jair Bolsonaro.
E na pergunta "Na sua opinião, a administração do presidente Jair Bolsonaro, até o momento, está?", 19,5% escolheram péssimo; ruim 9,3%;; regular 9,8%; bom 20,3%; ótimo 34%; e não sabe/não opinou 7,3%.
De acordo com Marcelo Bastos, professor e especialista em eleições, os numeros sobre Jair Bolsonaro podem ser interpretados pela sua sempre boa avaliação nas classes média e alta, somada agora ao crescimento na periferia com o pagamento do abono de R$ 600. Essa ação é reconhecida como sendo tomada pelo presidente.
Terá agora o presidente influência eleitoral no Nordeste e, especialmente, em Maceió?
Ou tudo depende apenas da ajuda financeira aos mais pobres enquanto ela durar?