Quando se encontraram em setembro do ano passado na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro não conteve a emoção ao encontrar o presidente dos Estados Unidos  Donald Trump.

Risonho e feliz se declarou: 

- “I love you” (eu te amo).

- "Nice to see you again" (bom te ver de novo), recebeu como resposta em um tom mais cauteloso, formal.

Ou seja, namoro e casamento hétero - como já disse em tom de humor Bolsonaro em outras encontros políticos -, naquele não rolou, não havia clima, sabe-se lá por qual motivo.

Mas é no polêmico livro do ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, que o papel pouco significativo do Brasil e do presidente brasileiro é revelado. 

Bolsonaro é citado em dois trechos e o País em seis. Em todas situações apenas para retratar a ajuda a oposição venezuelana no objetivo de derrubar o governo de Nicolás Maduro, alvo do interesse norte-americano.

Bolton cita uma viagem que fez de Andrews para o Rio de Janeiro onde encontrou Jair Bolsonaro eleito, e a outra citação mostra Bolsonaro ao lado de Trump na visita em Washington enquanto o americano mais uma vez dava declarações sobre a Venezuela.

Um trecho interessante é sobre uma opinião de um importante personagem brasileiro. John Bolton relata que  a ajuda da Rússia à Venezuela deve crecer ainda mais futuramente. 
Contudo, segundo ele escreveu, “o ministro da Defesa do Brasil, Fernando Azevedo, me dizia que o fim já estava à vista para Maduro”, algo que, como sabemos não se concretizou.

O fato concreto é que esse o ex-assessor expõe claramente o papel lateral e insignificante do Brasil na política americana neste momento.

O livro intitulado "The Room Where It Happened: A White House Memoir" (A sala onde aconteceu: um livro de memórias da Casa Branca), será lançado nesta terça feira (23), é o mais vendido na Amazon e enfenta uma guerra jurídica.

É que o governo Donald Trump lutou (ainda luta) para evitar a publicação alegando que muitos detalhes contidos colocam em risco a segurança nacional.

Um juiz negou o pedido de suspensão do livro e fez criticas duras ao autor por revelar detalhes de negociações entre os EUA e outros países.

A verdade é que o juiz Royce Lamberth percebeu que nesses tempos de tecnologia não tinha mais como impedir a distribuição do livro. Redações já os tinham e também milhares deles já estavam em trânsito para serem entregues. Some-se a isso ainda o fato de que cópias piratas circulavam pelas redes sociais em PDF.

Dizem que o conteúdo será importante ferramenta para derrotar o "Love" hétero de Bolsonaro na eleição presidencial deste ano.