Em artigo publicado no Estadão, o vice-presidente General Hamilton Mourão diz  que o "covid-19 não é só uma questão de saúde: por seu alcance, sempre foi social; pelos seus efeitos, já se tornou econômica; e por suas consequências pode vir a ser de segurança. "

Ele acredita que "Com sensibilidade das mais altas autoridades é possível superar a grave situação que vive o País" e afirma que a crise gerada pela pandemia no Brasil "É política na medida em que afeta toda a sociedade e esta, enquanto politicamente organizada, só pode enfrentá-la pela ação do Estado".

De acordo com Mourão, na questão do enfrentamento da crise sanitária o Brasil vem causando mal a si mesmo do ponto de vista institucional e cita quatro pontos: 

1 - polarização que tomou conta de nossa sociedade, outra praga destes dias que tem muitos lados, pois se radicaliza por tudo, a começar pela opinião.

2 - degradação do conhecimento político por quem deveria usá-lo de maneira responsável, governadores, magistrados e legisladores que esquecem que o Brasil não é uma confederação, mas uma federação.

3 - usurpação das prerrogativas do Poder Executivo.

4 - prejuízo à imagem do Brasil no exterior decorrente das manifestações de personalidades que, tendo exercido funções de relevância em administrações anteriores, usam seu prestígio para fazer apressadas ilações e apontar o País “como ameaça a si mesmo e aos demais na destruição da Amazônia e no agravamento do aquecimento global”.

Hamilton Mourão reclama da forma desordenada como foram decretadas as medidas de isolamento social que paralisaram a economia e que estão desorganizando o sistema produtivo, da "catástrofe do desemprego que está no horizonte" e acredita que ainda dá pra reverter o desastre: "Basta que se respeitem os limites e as responsabilidades das autoridades legalmente constituídas".

Segundo o vice-presidente, "Enquanto os países mais importantes do mundo se organizam para enfrentar a pandemia em todas as frentes, de saúde a produção e consumo, aqui, no Brasil, continuamos entregues a estatísticas seletivas, discórdia, corrupção e oportunismo.

EM TEMPO - Infelizmente, em nenhum momento Hamilton Mourão faz qualquer avaliação sobre o papel e o comportament desempenhado quase diariamente pelo presidente Jair Bolsonaro durante toda essa crise. Ou seja, o descumprimento por parte do presidente de todas as normas de enfrentamento sugeridas pelas maiore autoridades de saúde do mundo. Também deixou de acompanhar o papel exercido por líderes de outros paises atingidos pela pandemia, com exceção, claro, do amado líder e mestre Donald Trump.

Lei aqui o artigo na íntegra e tire as suas conclusões.