Ao contrário do que diz áudio, não existem remédios comprovados contra a Covid-19

13/05/2020 17:42 - Oxi... Isso é Fake!
Por Redação*
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São falsas as informações que estão no áudio que ter circulado em diversos grupos de WhatsApp onde um homem, intitulando-se médico, defende que o isolamento social deveria ser encerrado e que a população deveria parar de usar máscaras e se deixar infectar pelo vírus para que a epidemia acabasse. No áudio, o homem ainda afirma que existiriam medicamentos com eficácia comprovada contra a Covid-19. As informações são falsas.

Segundo a secretaria de Comunicação, um trecho do áudio com informações falsas diz: “Uma epidemia viral só acaba quando mais de 95% da população estiver imunizada. Então, só há duas maneiras disso acontecer: vacinação em massa ou o que chamamos de imunização comunitária, ou seja, todos devem ser expostos ao vírus e assim criar anticorpos (...) O problema é que todo mundo que sentir algum sintoma deveria utilizar alguns medicamentos que já têm eficácia comprovada logo no início da doença.  Hidroxicloroquina, corticóide, antirretrovirais, anticoagulantes, azitromicina deveriam ser distribuídos nos postos de saúde”.

Ao contrário do que informa o áudio, de acordo com uma nota científica da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o presente momento não existem evidências de que pessoas que já tiveram a Covid-19 e se recuperaram estejam imunes a uma segunda infecção pelo novo coronavírus.

“A maioria dos estudos mostra que as pessoas que se recuperaram da infecção têm anticorpos para o vírus. No entanto, algumas dessas pessoas possuem níveis muito baixos de anticorpos neutralizantes no sangue, sugerindo que a imunidade celular também pode ser crítica para a recuperação. Até 24 de abril de 2020, nenhum estudo avaliou se a presença de anticorpos para SARS-CoV-2 confere imunidade a infecções subsequentes por esse vírus em humanos”, afirma a OMS.

Quanto aos medicamentos que têm sido divulgados como eficientes contra a Covid-19, a Sociedade Brasileira de Virologia esclarece, em nota, que até o momento não existe nenhum medicamento com eficácia cientificamente comprovada no combate à doença.  “O sulfato de hidroxicloroquina pode induzir efeitos colaterais, e informações cientificamente reconhecidas são limitadas no que diz respeito a sua segurança se administrado de forma ampla para qualquer indivíduo, independentemente de sua condição clínica”, diz a entidade.

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*Com assessoria

 

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