Algumas vezes tenho a sensação que Jair Bolsonaro é um personagem influente de um lugar localizado bem distante, muito longe - lá nos quintos dos infernos -, extremamente gelado, frio de doer nos ossos, bastante escuro, desses que vemos no cinema e em séries disponibilizadas em Tvs por assinatura.
Tipo um líder político, ou religioso, lá do início da Idade Média. Uma autoridade suprema, mas desprovida de qualquer demonstração de sentimento pela vida e morte dos seus governados.
"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", afirmou o presidente ao ser questionado nesta terça (28) sobre o recorde de mortes no Brasil provocadas pelo coronavírus.
Continuou vomitando desumanidades, mas logo após ser informado que as suas declarações estavam sendo transmitidas ao vivo deu uma aliviada. "Lamento a situação que nós atravessamos com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas, mas é a vida. Amanhã vou eu. Logicamente que a gente quer, se um dia morrer, ter uma morte digna, né? E deixar uma boa história para trás".
Em nenhum momento Jair Bolsonaro tratou sobre propostas, ideias, ou algo que signifique maior apoio aos estados, aos municípios, sequer foi verdadeiramente solidário com os parentes dos mortos ou com os profissionais de saúde também tão fortemente afetados neste momento pelo coronavírus.
A sua única preocupação ele mesmo revelou ao informar que conversou com 200 empresários do Rio de Janeiro sobre reabrir as atividades econômicas. “O próprio pessoal da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) de hoje disse que tem que ser retomado", explicou, informando ainda que o mesmo tema foi discutido com a Fiesp.
Definitivamente, Messias parece não caber no nome Jair Bolsonaro nesses tempos do letal coronavírus.
Ele lembra muito mais um "assistente do coisa ruim", que tenta afastar o bem ao dividir um nação.
Ou não?