É falsa mensagem sobre helicóptero pulverizando desinfetantes em Alagoas contra o coronavírus
O Governo do Estado desmentiu a informação que circulou, nos últimos dias, os grupos de WhatsApp sobre helicópteros iriam pulverizar desinfetantes no ar em combate ao coronavírus. A mensagem afirmava que as pessoas em determinado horário do dia as pessoas deveriam fechar portas, janelas e permanecer dentro de suas casas.
De acordo com apuração, a mensagem começou a circular em Portugal e chegou no Brasil nos últimos dias. A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL), esclareceu que essa informação não procede, uma vez que os helicópteros do Estado são usados para dar apoio às equipes em terra durante operações, sobrevoar áreas para visualizar ocorrências e também para verificar se há descumprimentos ao decreto de emergência.
A SSP informou também que há uma aeronave específica para atendimentos aeromédicos, atuando em salvamentos, resgates de feridos em acidentes e para transporte de doentes.
O biólogo e mestrando em Ciência da Saúde, Thiago Goes, explica que pulverizar desinfetantes com aeronaves não faz sentido. “Além desse tipo de pulverização não oferecer qualquer garantia de que vá agir sobre o vírus, também temos que pensar nas demais espécies de animais e vegetais que podem vir a sofrer por conta da presença do desinfetante. Isso pode causar um impacto ambiental local ou risco à própria saúde da população”, afirma o especialista, formado pela Universidade Federal de Alagoas.
Goes, que já trabalhou em pesquisas de arboviroses - dengue, zika, chikungunya entre outros - e epidemiologia, explica que no caso do novo coronavírus a maior taxa de transmissão ocorre de pessoa para pessoa.
“Dificilmente o vírus vai permanecer viável durante muito tempo fora da célula ou do corpo. Aqui em Maceió a temperatura é mais alta do que na Europa, por exemplo, e temperaturas mais quentes dificultam ainda mais a viabilidade do vírus fora da célula. É mais fácil evitar a contaminação por meio do isolamento ou por meio de práticas de prevenção e higienização”, concluiu o especialista
*Com informações da Assessoria
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