Sem água encanada, sem saneamento básico, sem sabão, sem álcool em gel e sem clientes para que possam comprar o sururu e massunim. É desta forma que moradores da comunidade que vivem às margens da Lagoa Mundaú, no Dique Estrada, na zona sul de Maceió, têm enfrentado a pandemia do coronavírus.
 
Ao Cada Minuto, o presidente do Instituto Manda Ver, que atende a comunidade da beira da lagoa, Carlos Jorge, explicou que antes do surto da pandemia, do novo coronavírus, a cadeia de compra e venda do sururu já estava passando por algumas dificuldades e após o decreto do governador onde determinou que bares e restaurantes, os principais compradores dos produtos vindos da lagoa, viessem a fechar as portas, a situação para as mais de 300 famílias piorou.
 
“Com esses locais fechados e com a população dentro de casa é impossível vender e com isso as famílias que dependem muitas vezes em sua totalidade desse produto acabam enfrentando dificuldades financeiras e até mesmo para que ter o que comer dentro de casa”, disse Carlos. 

O presidente do instituto destacou ainda que a falta de água encanada, álcool seja em gel ou líquido, sabão e outros produtos de limpeza põe ainda mais essa população na linha da vulnerabilidade. 

“Sabemos que ainda não há uma contaminação comunitária em nosso estado, mas é preciso que venham olhar com mais atenção para essa área de nossa cidade, eles precisam do nosso apoio, eles estão muito mais vulneráveis a serem contaminados, pois a prevenção é uma palavra que se quer passou pela aquela região”, desabafou.  

Jorge disse que as doações de alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e dentre outros mantimentos podem serem feitas na sede do instituto Manda Ver, localizada na Avenida Monte Castelo, no bairro do Vergel do Lago, podem entrar em contato através da página no instagram, @mandaverorg, ou pelo telefone (82) 9 8826-4377.

*Estagiário sob a supervisão da editoria