Durante entrevista coletiva, o reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), professor José Tonholo, afirmou que apesar da redução no valor do repasse do Governo Federal, de R$ 120 milhões para R$ 76 milhões, para as despesas da manutenção, a instituição não corre risco de fechar.
Tonholo explicou que atualmente 60% da área dos campus da Ufal está presente em todo o estado, o que impacta no aumento nas contas de água e energia. "Mas não vamos cair na falácia de que a Ufal vai fechar no mês que vem. Vamos fazer essa gestão funcionar com toda a nossa energia. Todo ano tem a mesma conversa e a Ufal tem sobrevivido e mostrado resultado. Nosso time vem aqui para mostrar competência", criticou o reitor.
O reitor rebateu as afirmações feitas pela antiga gestão da universidade, que chegou a dizer que a instituição não teria como funcionar por um longo período com a redução dos repasses do Governo Federal.
Na sua avaliação, é necessário que a universidade rompa alguns modelos adotados que manteve a instituição em “castelo de marfim” e saia em campo para que se obtenha sua sobrevivência, como a aproximação com deputados federais e senadores alagoanos.

"A UFAL ficou reservada ao seu próprio castelo de marfim. Ou vamos a campo ou ela acaba. Temos que estimular a capacidade de inovação, dentre elas, as tecnologias sociais, que sustenta não só a sociedade como também a própria universidade. A Universidade tem um único patrimônio: gente. Seja o professor, para dar aula, como o aluno. E nosso Estado precisa dessa gente boa”, completou Tonholo.
Situação econômica do Estado
Apesar dos problemas financeiros, o reitor afirmou que os recursos que a universidade recebe auxilia na situação econômica de Alagoas, tendo atualmente a Ufal como 3° maior orçamento do Estado.
"O dinheiro que vem para a UFAL vem para ajuda a alimentar a situação econômica do Estado. Hoje o orçamento da UFAL é 1,40% do PIB de todo o Estado, ou seja, uma parcela do funcionamento de Alagoas depende da universidade”, pontou ele
Ele detalhou ainda que quando considerado os recursos do Hospital Universitário, a Ufal só “perde” em termo financeiro para as Universidades Federais do Piauí e de Sergipe.









