Levantamento realizado pela Atlas Político, e divulgado pelo Valor Econômico, diz que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, é contundemente rejeitado por 51% das duas mil pessoas entrevistadas entre os dias 12 e 14 de fevereiro. Apenas 22% acham a imagem do ministro positiva.
Desgaste certamente tem como origem em erros, declarações e atitudes polêmicas de Weintraub. Um exemplo concreto são os cortes de bolsas financiadas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Quase 8 mil bolsas para financiar pesquisas de pós-graduandos foram canceladas em 2019, atingindo principalmente o Nordeste. Os cursos mais duramente prejudicados foram os das áreas de engenharia, educação e medicina.
Segundo dados conseguidos pela Folha (leia aqui) através da lei de Acesso à Informação (LAI), "O número absoluto de bolsas canceladas foi maior no Sudeste. Porém, proporcionalmente, a região mais afetada foi o Nordeste".
"No Sudeste, os cortes atingiram 2.882 bolsas. Como a região concentra o maior número de programas e órgãos de pesquisa, os cancelamentos representaram 6% do total. As instituições do Nordeste perderam 2.063 bolsas, o equivalente a 12% das bolsas antes vigentes".
O desmonte da educação deve continuar este ano. É que a verba para pesquisa prevista é menor do que a de 2019.
Assim, o ministro barata-voa segue cumprindo o que lhe foi determinado pelo governo Jair Bolsonaro após orientação do escritor e astrológo Olavo de Carvalho, espécie de conselheiro e ideólogo do presidente e dos seus filhos.