O Hospital Hélvio Auto é a unidade referenciada pelo Ministério de Saúde para receber e atender possíveis casos de coronavírus em Alagoas. Mesmo com todos os alertas nacionais devido à doença, a infectologista Angélica Novaes, médica do Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde do Hospital Geral do Estado (HGE), recomenda cautela e diz que a população não deve entrar em pânico, principalmente quanto à divulgação de notícias falsas.

“Entretanto existe a possibilidade das outras unidades de saúde, públicas ou privadas”, ressaltou a infectologista. De acordo com a médica, caso alguma unidade receba paciente que se enquadre nos casos de suspeita, o fluxo do atendimento tem início com o isolamento do paciente, imediato comunicado ao Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (Cievs), seguido pela realização dos exames laboratoriais.

Se o caso foi confirmado, a transferência será solicitada ao hospital referenciado pelo MS, que por sua vez manterá o paciente internado em isolamento e os sintomas serão tratados, como com auxílio de suporte respiratório para ajudar na respiração. Nos casos em que houver necessidade, atendendo as recomendações do OMS (Organização Mundial de Saúde), os profissionais de saúde deverão usar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para evitar o contágio.

“É importante lavar as mãos frequentemente ou higienizá-las com álcool em gel, além de cobrir nariz e boca ao tossir e/ou espirrar, utilizar lenços descartáveis para higiene nasal e não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres”.

Com base em direcionamentos da OMS e seguindo as diretrizes do Protocolo do Ministério da Saúde, também é recomendado adotar hábitos saudáveis no dia a dia. “Um deles é ingerir bastante líquido e consumir alimentos bem cozidos”, salientou.

Sintomas – Segundo a especialista, as pessoas devem ficar atentas no que diz respeito aos sintomas. Além de tosse, febre e dificuldade para respirar, os casos mais graves e a maior mortalidade são naquelas com diminuição do sistema imunológico, como idosos e pessoas com doenças associadas, como diabetes e problemas cardiovasculares.

A infectologista lembrou que não há registro da doença no país e, conforme informado pelo Ministério da Saúde (MS), é considerado caso suspeito doentes com os sintomas citados, mas que viajaram para área com transmissão ativa do vírus nos últimos 14 dias antes do início deles ou que tiveram contato com casos suspeitos ou confirmados.

*Com informações da Assessoria.