O ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro sempre diz que apoia o presidente Jair Bolsonaro em 2022 para presidente.
Contudo, quem o conhece avalia que o ex-juiz mudou bastante, como quem já teria aprendido como funciona o mundo político em Brasília e como estar inserido nesse processo.
Alterado o comportamento, Moro tem recebido e participado de reuniões - dentro e fora do ministério e até em cima da hora - com deputados e senadores individualmente e também com bancadas temáticas.
Reportagem da revista Época revela que ele recebe há cerca de seis meses pesquisas eleitorais estimuladas feitas por um instituto e não divulgadas publicamente em que seu nome é colocado como uma opção de candidato a presidente da República.
Diz ainda que "Moro passou a se debruçar sobre a análise mensal de seu potencial eleitoral, buscando entender os dados que, apresentados a uma lista que inclui Jair Bolsonaro, afirmaram que votariam nele para ser o novo inquilino do Planalto".
São essas pesquisas que têm influenciado no comportamento do ministro. Uma delas o fez conceder entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, e a criar uma conta no Instagram, ferramenta utilizada por usuários mais jovens, para divulgar a queda nos índices de criminalidade. Em cerca de uma semana conquistou 1 milhão de seguidores.
Datafolha - Em janeiro o instituto divulgou pesquisa em que Sérgio Moro é a personalidade com o maior índice de confiabilidade entre 12 nomes citados. O presidente Jair Bolsonaro ficou em 4º.
Um mês antes o mesmo instituto divulgou dados sobre o índice de aprovação do governo federal. 53% dos entrevistados cravaram ótimo ou bom para o ex-juiz. Jair Bolsonaro ficou com 30%.
Ou seja, o ministro é mais popular do que o presidente, fato totalmente incomum.
Portanto, hoje, agora, neste momento, Sérgio Moro é políticamente 'indemissível' e pode ser um ótimo candidato a presidente, a vice.
Também pode ser um excelente cabo eleitoral. Ou ainda a ficar caladinho, quietinho no STF para sempre.
Qual caminho ele ira escolher?
