O Ministério Público Estadual (MPE/AL) denunciou o padrasto do garoto Danilo Almeida, 7 anos, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, estupro, ocultação de cadáver e denunciação caluniosa. José Roberto foi apontado como o culpado pela morte do garoto em outubro do ano passado, no bairro do Clima Bom.
A denúncia foi apresentada, juntamente com o indiciamento da Polícia Civil e pedido de prisão do acusado. Com isso, a pena máxima para o acusado, segundo o promotor Rodrigo Soares, pode chegar a 66 anos de prisão.
Durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (28), o promotor detalhou que o acusado praticava violência contra todas as mulheres que se envolveu e com a mãe de Danilo ele a mantinha dopada através de medicação.
"Ele tem todo o perfil de um psicopata, mas só uma avaliação médica isso poderá ser comprovado", enfatizou o promotor, acrescentando que a denunciação caluniosa é por conta da acusação de tortura que ele fez contra os delegados que estavam investigando o caso.
O crime teria sido motivado pelo atraso do garoto em chegar na oficina com talher. Segundo o promotor, no trajeto Danilo se distraiu e acabou se dispersando com alguns colegas na rua. "O estopim foi pelo fato dele ter se atrasado para entregar o talher", disse ele.

Rodrigo Soares detalhou que "a história da mulher do cabelo verde que surgiu no meio da dinâmica das investigações foi o próprio padrasto que colocou na cabeça do outro irmão para que ele pudesse replicar essa informação".
Após as denúncias de torturas, o caso ganhou uma grande reviravolta quando José Roberto foi tratado como suspeito no caso, depois da Polícia Civil descobrir alguns crimes praticados por ele, como o estupro da enteada no município de Arapiraca e acabou preso em novembro de 2019.
Além do crime de estupro de vulnerável, ele ainda é acusado por homicídio qualificado, lesão corporal em âmbito doméstico, cárcere privado e sequestro, cometidos em Arapiraca.
Depois de algum tempo, a mãe de Danilo chegou a admitir em depoimento à polícia que acreditava na participação de José Roberto no crime, já que tinha um comportamento agressivo com os filhos e com ela. Danilo foi morto dentro da oficina por traumatismo crânio encefálico e esganadura.
Apesar de todos os vestígios apontarem para sua autoria, José Roberto segue negando o crime.
*Estagiário com supervisão da editoria.











