Alagoas vai ganhar um Instituto de Habilidades Multidisciplinar em Microbiota Intestinal (InHaMMI) que será o primeiro do Nordeste a pesquisar a flora intestinal. Com as pesquisas clínicas com microrganismos que vivem no intestino, o laboratório vai oferecer uma nova alternativa para tratamento de doenças como câncer, diabetes, obesidade mórbida, autismo, dentre outras.

Pesquisas recentes indicam que a microbiota intestinal, popularmente conhecida como flora intestinal, tem papel fundamental na regulação do sistema imunológico. O Instituto será inaugurado na segunda-feira (02) na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Famed/Ufal).

De acordo com o coordenador do InHaMMi, Manoel Álvaro, que também é Gerente de Atenção Médica do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (Hupaa) e professor da Ufal, o Instituto é importante, para o Nordeste e para a sociedade civil, “pelo fato de proporcionar atuação efetiva em pesquisa de ponta na área”, destaca. Com o investimento de 1,9 milhão, recurso financiado pelo Ministério da Saúde, o InHaMMi contará com equipamentos de última geração e será formado por pesquisadores de diferentes áreas (doutores, doutorandos, mestres, mestrandos, especialistas), médicos, químicos, nutricionistas e estudantes de graduação

A microbiota intestinal, que é formada por fungos, bactérias, vírus, é importante para a produção de vitaminas e proteção contra agentes que podem causar doenças. O Brasil e o mundo estão desenvolvendo pesquisas com o objetivo de identificar relações entre a flora intestinal e diferentes tipos de doenças, como câncer, ansiedade, autismo. 

Dados recentes indicam que a redução da microbiota – o que proporciona fatores de risco para a saúde humana - pode ser provocada pelo estresse, poluição, alimentos processados e baixo índice de aleitamento materno.

*com Assessoria