O partido Aliança pelo Brasil – criado para abrigar parentes e aliados do clã Bolsonaro – será lançado nesta quinta-feira (21), mas com um altíssimo grau de incerteza sobre sua viabilidade pra já e agora.

É que o Ministério Público Eleitoral já emitiu parecer contra a coleta de assinaturas eletrônicas para criação do partido, o que tende a ser seguido pela maioria dos ministros do TSE.

Para poder participar das eleições municipais de 2020 a nova sigla tem que estar oficializada até abril. Além disso - e se tudo der certo - pode disputar as eleições de 2020 e de 2022 sem recursos dos fundos partidário e eleitoral e sem tempo de rádio e TV.

Tanto a distribuição do fundo partidário quanto as divisões do fundo eleitoral e do tempo de propaganda eleitoral levam em conta o resultado das últimas eleições.

Como o Aliança pelo Brasil inexistia e os parlamentares ligados ao clã Bolsonaro foram eleitos pelo PSL e os mandatos dos eleitos pertencem ao partido, a nova sigla não terá direito a nada.

Os aliados do presidente parecem que não se incomodam com esse cenário, inclusive desdenham dele. Confiam que Jair Bolsonaro tem força política capaz de superar tamanho obstáculo, como fez no ano passado ao conquistar a Presidência da República.

Ainda nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro, ex-PSL, admitiu ao G1 que "Se for possível a (coleta) eletrônica, a gente forma um partido para março. Se não for possível, eu não vou entrar em disputas municipais no ano que vem, estou fora”.

É o que deve ocorrer.