O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda não oficializou o seu afastamento – dado como certo e que deve ocorrer ainda hoje (12)-, o da sua família e dos aliados do PSL para o novo partido que será criado e que deverá ser batizado de Aliança pelo Brasil.

Enquanto isso, o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), aguarda ansiosamente a saída do clã Bolsonaro para dar prosseguimento e concluir a fusão da sigla com o DEM.

As negociações estão sendo tratadas principalmente com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ). Mas há uma preocupação, em caso de concretização: os deputados que ficarem no PSL não serão oposição ao governo do ex-presidente, agora ex-aliado.

O problema é que, embora Bivar prometa que a linha do seu grupo continuará sendo a defesa da pauta econômica liberal, a origem da briga entre o presidente, os seus filhos e Bivar foi a disputa pelo controle do milionário fundo partidário, que somente este ano é de mais de R$ 100 milhões.

Caso o casamento ocorra e metade da bancada dos 53 deputados federais do PSL siga o presidente Bolsonaro – essa é a previsão – mesmo assim a fusão garantirá ao DEM a segunda maior bancada, perdendo apenas para o PT, 54. Democratas conta hoje com 27 parlamentares na Câmara.

Tudo indica que o novo partido do clã Bolsonaro será bem familiar: presidente da sigla deverá ser o próprio presidente da República; o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) cuidará da fundação e dos cursos; o senador Flávio Bolsonaro (RJ) cuidará das estratégias referentes aos candidatos nas eleições municipais.

Certamente toda essa movimentação terá implicações nas eleições do ano que vem, inclusive nos municípios alagoanos, especialmente em Maceió.