As investigações das polícias civil e federal revelam que as queimadas criminosas, ocorridas nos dias 10 e 11 de agosto, foram articuladas por fazendeiros, madeireiros e empresários importantes de Novo Progresso, no Pará.

Os responsáveis pelo ‘Dia do Fogo’ preparam até uma vaquinha para comprar combustível e contratar motoqueiros para espalharem a mistura de diesel com gasolina na floresta, revela A Repórter Brasil.

Um dos suspeitos de organizar o crime ambiental é Agamenon Menezes, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais da cidade, que já foi alvo de busca e apreensão da PF.

Também é citado como influente no esquema o empresário Ricardo de Nadai, dono de uma loja na cidade, suspeito de ser o criador de um grupo de WhatsApp onde foram combinados todos os detalhes sobre o ‘Dia do Fogo’.

Contudo, um dos maiores empecilhos para os investigadores tem sido a poderosa influência política dos suspeitos, pois têm relação próxima com a bancada federal paraense, como ruralista no Congresso e também têm acesso direto a membros do governo do presidente Jair Bolsonaro.

E um deles ocupa uma função estratatégica na administração pública, segundo a reportagem, por ser “Um dos principais representantes dos ruralistas no governo federal, o secretário especial de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia”.

 

O secretário Nabhan “adotou um discurso em que atribui parte da culpa dos incêndios na Amazônia aos povos indígenas. Ele disse, durante Comissão do Meio Ambiente no Senado, que os produtores rurais não são responsáveis pelas queimadas”.

 

Leia a reportagem na íntegra aqui.