O maior troféu da Lava Jato hoje não passa de um estorvo. Lula não quer ser solto, beneficiado pela progressão da pena.
Todos os onze procuradores de Curitiba o querem fora, sim senhor. O pedido de soltura assinado por eles foi encaminhado ao judiciário.
Inteligente e com máxima visão política, o ex-presidente sabe que poderá ser inocentado após as revelações da Vaza Jato. Por isso não pode ‘comemorar’ sair da prisão com tornozeleira, ainda mais porque brada ser inocente e vítima.
A espera de julgamentos de recursos no STJ e no STF que definirão o futuro da Lava Jato, os procuradores também vêm na saída de Lula da Silva uma questão também política: A tornozeleira significa a continuidade do cumprimento da pena, antes que tudo mude.
É que as conversas vazadas dos aplicativos de mensagens dos procuradores e do ex-juiz Sergio Moro, divulgadas por vários veículos de comunicação, deixaram transparer que havia uma perseguição para prender Lula, pressão sobre minsitros do STF, entre outras ilegalidades praticadas pela turma de Curitiba.
E com Lula brigando para não ser solto - algo jamais visto no Brasil - porque jura ser inocente, ele se coloca como fortíssima liderança política na próxima eleição presidencial.
Contudo, há quem do mundo político aposte que o ex-presidente não mais move as massas, apesar dos seus 30% nas pesquisas, e que ao sair da prisão vai, simplesmente, pra casa.
De qualquer forma, os dois lados nessa disputa tentam uma jogada de mestre que une o político ao jurídico, cujas fichas estão, como sempre estiveram, nas mãos do Supremo Tribunal Federal.
Aguardemos.