A repercussão do vídeo do secretário de Infraestrutura de Alagoas, Maurício Quintella, em sua página no Facebook, pedindo verba a Jair Bolsonaro para a conclusão das obras do Canal do Sertão repercutiu em diversos veículos de comunicação de todo o Ppaís.
Nele, Quintella afirma que o canal é a "principal obra estruturante e fundamental para garantir segurança hídrica a milhões de sertanejos e agrestinos alagoanos".
No início desta semana Alagoas recebeu apenas R$ 16 milhões do governo federal e repassou os valores para a empreiteira responsável pela obra, a Odebrecht. A construtora havia demitido, na semana passada, 130 trabalhadores após atrasos nos repasses feitos pelo governo Bolsonaro.
No texto do secretário abaixo do vídeo, Maurício Quintella agradece pelo dinheiro liberado, mas diz que “precisamos ainda de R$ 132 milhões para concluir o trecho quatro, dos quais R$ 76 milhões estão empenhados e na lei orçamentária de 2019”.
Apenas para contextualizar essa importante obra, o Canal do Sertão foi um dos temas que serviram para os acordos de delação premiada organizada pelos investigadores da Lava Jato.
Parte do mundo político alagoano que diz saber comenta discretamente - e a outra parte que diz não saber suspeita -, que há muito, muito tempo mesmo, desde o seu início, as etapas das obras são usadas para pagamento de propina que financia essa mesma parte do mundo político daqui e alhures.
Operação da PF da semana passada sobre o líder do governo federal no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e o seu filho Fernando Coelho Filho (DEM-PE), tem a ver com o pagamento de propina – R$ 5,5 milhões, que ele teria recebido de construtoras nas obras do Canal alagoano e na transposição do São Francisco.
Veja aqui o vídeo e o texto publicados no Facebook de Mauricio Quintella.