“O seu direito termina quando começa o do outro”. Em algum momento da vida, você já deve ter ouvido essa frase tão popular. No trânsito, por exemplo, essa regra também se aplica e deve ser estendida a todos os motoristas e pedestres a fim de
garantir o respeito e a segurança nas estradas.

De acordo com um estudo elaborado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), nas rodovias federais que cortam o Estado de Alagoas, no ano de 2018, foram registrados 691 acidentes de trânsito, sendo identificadas 488 vítimas - entre
mortos e feridos.

Ainda segundo o levantamento, também no ano de 2018, a cada 100 km de rodovia são registrados, em média, 65 acidentes.  Apesar do elevado número de acidentes, o ano de 2018 foi a época com o menor número de casos registrados nos últimos
doze anos (2007-2018).

O ano de 2013, conforme a pesquisa, foi o período com o maior acúmulo de acidentes de trânsito, contabilizando 2.376 casos registrados nas rodovias federais alagoanas. Ao somar o número de acidentes nas estradas, o estudo aponta que em Alagoas, entre os anos de 2007 e 2018, foram computados 19.670 casos em todo o território federal alagoano.

Com destaque não apenas para o número de acidentes, o ano de 2013 também despontou em relação aos outros anos como a época com o maior número de vítimas nas rodovias alagoanas, contabilizando 1.175 vítimas. Apenas no ano de 2018, 91 vidas foram perdidas e, no período de 2007 a 2018, 1.579 casos de mortes no trânsito foram registrados em Alagoas.

O levantamento realizado pela CNT mostra também que, ainda em Alagoas, a cada cem acidentes com vítimas, 19 pessoas morreram em 2018.

Dados nacionais

No Brasil, também nas rodovias federais, no igual período de 2007 a 2018, o levantamento identificou que 69.206 casos de acidentes de trânsito foram registrados, contabilizando o total de 5.269 vítimas que entraram em óbito devido
aos acidentes.

Além disso, o levantamento mostra também que, entre os acidentes com vítimas registrados em 2018, o automóvel é o principal veículo envolvido respondendo por  64,6% do total de ocorrências (34.852).

Logo após, vêm as motos, com 44,4% (23.950); e, em terceiro lugar, estão os caminhões, com 23,4% (12.631). Por outro lado, os ônibus se envolveram em 3,6%, registrando 1.934 ocorrências, e as bicicletas, em 1.851, 3,4% do total de acidentes de trânsito no Brasil.

Já no que diz respeito aos trechos das rodovias federais onde acontecem mais acidentes de trânsito, o estudo informou que a BR-101 foi a rodovia com o maior número de acidentes em 2018, contabilizando um total de 168 acidentes com vítimas.

Em relação ao número de mortes nas rodovias federais, a BR-101 é o trecho que mais mata. Somente no ano de 2018, 34 vidas foram perdidas neste local. 

Causas

Na maioria das vezes os acidentes são ocasionados pela falta de atenção dos motoristas. Algumas imprudências são realizadas diariamente por inúmeros motoristas e diversas regiões, como por exemplo, dirigir em alta velocidade,
alcoolizado ou utilizando o  aparelho de celular.

O grande problema é que habitualmente uma imprudência está sempre ligada à outra. Por exemplo, quem dirige alcoolizado, provavelmente estará dirigindo sem atenção e em alta velocidade. Quem está no celular, supostamente, não está
prestando atenção em tudo que está acontecendo ao redor.

Além disso, a velocidade pode ser um dos fatores determinantes para causar um  acidente e chegar a afetar outras pessoas que não estejam no veículo.

De acordo com a assessoria de Comunicação da PRF, as causas mais comuns de acidentes graves em Alagoas são proporcionadas pelas desobediências as normas de trânsitos, a falta de atenção dos condutores e a ingestão de álcool, assim como a falta de atenção dos pedestres.

A PRF aponta que os condutores devem dirigir de forma respeitosa às leis de trânsito, não excedendo o limite de velocidade, não usando o celular enquanto dirige e evitando desviar sua atenção do trânsito. O excesso de velocidade junto com as ultrapassagens proibidas causam colisões frontais que geralmente causam feridos
graves ou mortos.

*Estagiárias com supervisão da editoria.