O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, encontra-se abandonado pelo governo federal.  Encurralado pela falta de apoio, surgem especulações de que o ex-juiz avalia apenas o momento ideal para deixar o cargo.

É que ele também já teve a sua autoridade colocada em xeque, várias vezes, pelo presidente Jair Bolsonaro. No mundo político de Brasília a bolsa de apostas fervilha intensamente, especialmente após as manifestações fracassadas deste domingo (25) contra ministros do STF e o projeto que pune abuso de autoridade.

Faltou o apoio do presidente e de seus filhos, por isso os atos tiveram menos adesão que os anteriores. Ou seja, a máquina de mobilização do clã Bolsonaro não foi colocada a serviço de Sérgio Moro, ou, quem sabe, ela pode estar perdendo força.

As várias declarações dadas por Bolsonaro de que quem manda é ele e ainda a retirada do Coaf do domínio do ex-juiz, o não apoio ao projeto de combate à corrupção e também a interferência na PF, entre outras questões, são sinais claro das cotoveladas distribuídas pelo presidente no ministro.

Portanto, se Sérgio Moro tiver obtido o mínimo de sabedoria política a hora de largar o governo chegou. Aliás, já está pronto o cavalo selado que pode torná-lo ator decisivo na eleição presidencial de 2022.