O médico acusado de agredir verbalmente um policial civil dentro do Hospital Geral do Estado (HGE) entregou à direção da unidade de saúde uma certidão de boa conduta ética emitida pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), informou a assessoria do Sindicato dos Médicos (Sinmed) nesta sexta-feira, dia 23.

Segundo a assessoria de Comunicação do Sindicato “o médico Adriano Dionísio, acusado semana passada de ter agredido um policial no HGE, nega o fato. O processo sobre o caso está em tramitação e ele é testemunha, não réu, tanto na Justiça quanto no Cremal”.

Conforme a assessoria o médico reforçou ainda que “dispõe de uma certidão ética emitida pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas, com data recente (20/8/2019), documento fornecido apenas aos profissionais de conduta ilibada, sem nenhum histórico de mau comportamento no exercício da medicina, e que já foi apresentado no HGE”.

“O policial agredido vai prestar depoimento na próxima segunda-feira, dia 26, e a diretoria do Sindicato dos Policiai Civis de Alagoas (Sindpol) vai acompanhar a instauração do procedimento e depois iremos também prestar queixa no Cremal”, informou o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário.

Segundo o sindicalista, “outras pessoas tem ligado anonimamente para o sindicato para dizer que foram vítimas desse médico e afirmam que ele não é habilitado para realizar determinados procedimentos dentro do HGE e mesmo assim os executa”, alertou Nazário.

O caso

Um médico cirurgião do Hospital Geral do Estado (HGE) foi acusado pelo filho de um paciente de agressão verbal. O caso teria acontecido na noite da quarta-feira, dia 14, quando a vítima, que é policial civil, tentou obter informações do estado de saúde de seu pai.

Segundo testemunhas, o paciente de 94 anos de idade, que é diabético, deu entrada na unidade de saúde no domingo (11) precisando de uma cirurgia. Ao ver que o pai ainda se encontrava sem o devido tratamento, o filho, depois da visita rotineira, solicitou ao cirurgião mais detalhes sobre o estado de saúde de seu pai, quando o profissional visivelmente incomodado começou a desferir palavras de baixo calão.

Servidores da unidade comentaram que o comportamento “destemperado” do cirurgião é conhecido por todos que ali trabalham e comentaram que “o médico foi até bonzinho”.

O presidente do Sindpol Ricardo Nazário informou à reportagem que o policial fez a denúncia na unidade sindical e acompanhado por membros da diretoria foi à delegacia registrar o Boletim de Ocorrência.

Em nota enviada ao Cada Minuto, a assessoria de Comunicação do HGE disse que a gerência da unidade hospitalar já tomou conhecimento do ocorrido, através do registro na Ouvidoria, e que está apurando o fato. A assessoria também ressaltou que "todas as medidas foram tomadas para que a assistência ao paciente seguisse o fluxo adequado: no mesmo dia o usuário foi submetido a procedimento cirúrgico e , no dia seguinte, devidamente avaliado e respondendo aos resultados esperados, recebeu alta médica", informa a nota.