Finalmente o todo poderoso procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol reconheceu que discutiu com seus pares, pelo Telegram, o impeachment do ministro Gilmar Mendes do STF - conforme foi revelado antes pelo The Intercept em parceira com El País -, mas que não teria investigado qualquer ministro do Supremo.

"Estudamos se os atos dele configurariam, para além de atos de suspeição, infrações político-administrativas", disse Dallagnol, segundo a revista Época.

Essa declaração significa o reconhecimento de que as mensagens conseguidas pelos hackers são verdadeiras, não foram manipuladas? Parece que sim.

Porém, parece que o coordenador da Lava Jato só reaparece agora nos meios de comunicação por sentir ser grande a possibilidade de ser afastado do cargo e de suas funções. Como diz o antigo ditado, "A panela está fervendo e o caldo começa a entornar".

Leia abaixo outras declarações do procurador Deltan Dallagnol:

1- “rolo compressor político quer o retrocesso”.

2 - “A corrupção reage”.·.

3 - "Ninguém jamais nos disse que seria fácil enfrentar pessoas poderosas que praticaram crimes gravíssimos contra nosso país. Ninguém jamais nos prometeu isso. Fizemos nosso papel e agora enfrentamos uma reação. Nossa expectativa é que as instituições e a sociedade protejam o trabalho feito e impeçam retrocessos. Eu não devo, e a Lava Jato não deve."

4 - “Existe um oportunismo de buscar e identificar qualquer brecha para atacar a operação, distorcer fatos e atacar os personagens momento acreditar que a Justiça iria se sobrepor ao sistema político.”que acabaram tendo protagonismo na operação. E o objetivo disso, a meu ver, não é atacar a pessoa do Deltan, a pessoa do Moro. É atacar o caso, a Lava Jato.” 

5 - “O que a sociedade precisa reconhecer é que não é suficiente um grupo de procuradores, policiais, juízes, auditores, de pessoas, lutarem contra o sistema corrupto. Talvez a ilusão tenha sido em algum momentop acreditar que a Justiça iria se sobrepor ao sistema político.”