Pegou mal demais a declaração do ‘insuperável’ presidente Jair Bolsonaro. Ele conseguiu desagradar aliados políticos conservadores e até militares.

Além do posicionamento desumano e desleal sobre a morte do pai do presidente do Conselho Federal da OAB, Felipe Santa Cruz, Bolsonaro conseguiu trazer à tona o atestado de óbito de Fernando Santa Cruz, morto - “de causa não natural, violenta, causada pelo Estado” – durante a ditadura militar.

O comportamento de Bolsonaro tem motivado uma série de críticas como repulsivo, repugnante, entre tantas outras. Mas a melhor avaliação veio do Supremo Tribunal Federal.

"No mais, apenas criando um aparelho de mordaça", disse o ministro Marco Aurélio Mello ao ser indagado sobre o que deveria ser feito para evitar declarações do tipo.

Ainda ao blog de Tales Faria, no UOL, outro ministro afirmou, anonimamente, que "O pior de tudo é o mau exemplo, a associação do sucesso político ou qualquer outro à incivilidade e à grosseria. Por outro lado, acho que pode ser um marco de como as pessoas não devem ser. A repugnância tem sido geral”.

Há quem veja na série de grosserias e idiotices dos últimos dias - contra nordestinos, jornalistas, órgãos públicos, entre outros – com as críticas à indicação de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), como embaixador do Brasil nos EUA.

Dizem que o presidente é bastante sensível a questões que atingem os seus filhos, inclusive quanto ao andamento das investigações envolvendo o seu rebento mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Some-se a isso o fato de que, do ponto de vista exclusivamente político, há quem veja o presidente tranquilo após a aprovação da reforma da Previdência, em primeiro turno, pela Câmara.

O fato é que a palavra impeachment tem aparecido cada vez mais nas palavras indignadas de políticos, empresários e representantes da sociedade civil.

O entorno do presidente tenta de tudo pra que ele fale menos, especialmente os militares, mas não adianta.

Talvez a melhor ideia seja mesmo a de Marco Aurélio: a mordaça.

Porém, essa medida não tem, certamente e infelizmente neste caso concreto, amparo legal.

Portanto, impeachment pode ser à saída por absoluta incapacidade de governar, de unir o País, 

tá oquei ‘exemplar cristão’ Jair Messias Bolsonaro?