Os dois levantamentos saíram praticamente juntos. Embora os números divulgados estejam bastante próximos, o que os diferencia é o foco dado pela XP – corretora que atua no mercado financeiro e favorável a visão de economia do atual governo – e pela Folha, considerada pelos bolsonaristas como de esquerda.
Realizada entre 1 e 3 de julho, e que acaba de ser divulgada, a pesquisa XP/Ipespe ouviu 1000 pessoas e tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais.
Apesar de a XP considerar estáveis os números do governo Bolsonaro – “34% da população acha o governo como ótimo e bom, mesma taxa de maio, mas inferior ao percentual de janeiro e fevereiro, de 40%”, a avaliação ruim e péssimo ficou em 35%, bem superior à de janeiro (20%) e fevereiro (17%).
Nessa pesquisa também foi avaliado a percepção, nada boa, dos brasileiros com relação ao Congresso Nacional (leia aqui).
Já a pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 4 e 5 deste mês, evidencia que o eleitorado brasileiro está dividido em três: “Para 33%, o presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 31%, regular, e para outros 33%, ruim ou péssimo”.
Reportagem afirma, ainda, que os números atuais mantém Jair Bolsonaro "como presidente em primeiro mandato com a pior avaliação a esta altura do governo desde Fernando Collor de Mello, em 1990, que tinha a mesma aprovação do atual presidente, 34%, mas 20% de rejeição”, (leia aqui).
Tudo isso significa, por outro lado, que Bolsonaro deve estar solidificando e estabilizando o seu “piso” eleitoral que, embora inferior ao que o elegeu na disputa presidencial de 2018, tem semelhança com percentual dos simpatizantes do ex-presidente Lula.
Imaginando que o quadro atual será mantido até o próximo pleito, como mostram as pesquisas, o futuro presidente tende a ser escolhido por um eleitorado ainda mais rachado.