A legalidade é o melhor caminho entre o 'Lavajatismo' fanático e o petismo cego. Assim evita-se a barbárie e a estupidez de que o fim justifica os meios.

O juiz tem que ser absolutamente imparcial e cumpridor da lei. Aos membros do MPF cabe, entre outras responsabilidades, fiscalizar o cumprimento da lei. 

Caso isso não ocorra, é agredido o direito do cidadão e é violentada a democracia, pois é inaceitável que agentes públicos desrespeitem e ultrapassem perigosamente e criminosamente suas obrigações institucionais.  

Por isso não devem os simpatizantes do ex-presidente Lula simplesmente concluírem que o vazamento das conversas é prova definitiva da parcialidade e do caráter político provocado pela turma de Curitiba. 

Nem os simpatizantes do ex-juiz Moro devem acreditar que as conversas vazadas mostram apenas o compromisso dos agentes com o combate à corrupção.  

Porque se uma situação como essa for aceitável, como ficaria se fosse o contrário. Ou seja, um juiz conversando, combinando, orientando a defesa?  

O fato é que consequências das revelações feitas pelo The Intercept são imprevisíveis, mas algumas projeções já estão no radar: Sérgio Moro agora depende de Jair Bolsonaro, ao contrário de quando chegou ao poder e emprestava prestígio ao governo.  

E se permanecer no cargo de ministro será uma espécie de refém político do presidente. 

O sonho de ser minsitro STF já era, assim como o de ser, um dia, presidente da República.

Simples assim, por enquanto, mas ainda pode piorar porque ainda há muito - bastante mesmo - o que ser revelado, como já anunciou o The Intercept.