O poder confunde, ainda mais quando usado como capricho. O que esperar de um político profissional sabido, mas que confunde o que é ser chefe de um clã político-familiar com ser presidente da República?
O que temos visto repetidamente: "Eduardo é meu filho. Fala inglês, fala espanhol, tem uma vivência internacional muito grande. E frita hambúrguer também, tá legal?”, declarou Jair Bolsonaro na manhã desta terça-feira (16) durante evento em Brasília.
O fato novo está na frase. Em vez do famoso “tá oquei?” ele inovou ao usar o “tá legal?”. No mais, a mesma visão equivocada de quem deveria ser um líder nacional. Uma tristeza, e muita semelhança com uma cena de comédia de uma “República de Bananas” porque desmerece o País do ponto de vista da diplomacia, internamente e externamente.
E o que pensa da polêmica o deputado Eduardo Bolsonaro? Nas redes sociais, de acordo com o br18, ele justificou que a sua possível indicação “Além de botar em contato os altos escalões dos governos dos EUA e Brasil, o que é para mim a principal função de um embaixador, seria porta-voz do Brasil não só para os EUA mas para boa parte da mídia internacional”.
Segundo o filho do presidente, “Hoje, os únicos que fazem essa conexão são da extrema esquerda. Por isso, muitos estrangeiros acharem que o Brasil viveu um golpe em 2016 ou que temos um presidente racista, homofóbico e fascista, por exemplo. Há muita confusão feita propositalmente”.
Ele disse ainda que “alguns fakes que vêm aqui comentar para eu ficar sabem que represento risco a essa hegemonia internacional deles, enquanto que no Congresso fico engessado, quase sendo mais um dentre os 513 deputados. As outras pessoas que não são fake estão abrindo os olhos para isso também”.
Apesar da polêmica, o fato é que Jair Bolsonaro só ainda não fez a indicação por causa da confusão e do risco de rejeição por parte do Senado. Especula-se que hoje apenas 8 dos 17 membros da Comissão de Constituição e Justiça aprovariam a escolha.
Portanto, o risco de derrota pessoal do presidente Jair Bolsonaro é grande.
Enquanto isso, quais são mesmos os projetos e propostas para o desemprego, violência, ciência e tecnologia, infraestrutura, educação, saúde...?