O tamanho dos protestos que sacudiram o Brasil esta semana incomodou – e não foi pouco – o governo do presidente Jair Bolsonaro. Tanto isso é verdade que o temor é que os atos, registrados em mais de 200 cidades, despertem e deem discurso aos oposicionistas.
Toda estratégia que o governo prepara e organiza neste momento é como evitar o reagrupamento das esquerdas em torno de uma pauta (educação) de interesse real da sociedade e que pode ser contraponto concreto ao presidente. Todos os sinais dados por Bolsonaro sobre qual caminho será seguido já ficaram claros.
Jair Bolsonaro, nos Estados Unidos, anunciou que pretende transferir para o ministério da Educação parte dos R$ 2,5 bilhões devolvidos pela Petrobras através de um acordo com autoridades americanas.
Mas aqui há um problema que será resolvido, tudo indica, no STF. É que há pedidos para que esse dinheiro seja usado na saúde, segurança, penitenciárias e até na capital do Rio de Janeiro.
O governo também quer deixar a Educação fora do próximo contingenciamento que deverá ser anunciado na próxima semana pela equipe econômica.
O que também ficou transparente quanto a essa crise – mais uma – foi o grave erro de comunicação do ministro Abraham Weintraub (Educação) quando informou sobre o contingenciamento. Pareceu ato de um perseguidor da inquisição sem qualquer critério técnico.
Bom, o que fica disso tudo é a vitória de todos aqueles que foram as ruas e o quanto a oposição é "beneficiada" por ações (ou falta) de alguns dos principais assessores do núcleo governamental.









